Autor: Alberto Filho - Tradutor[1]
Revisado e Ampliado: 15 de Abril de 2024
Um Jovem Cervo, ao saciar sua sede em um córrego de águas cristalinas, viu a si mesmo refletido naquela límpida superfície semelhante a um espelho. E embora tenha se encantado com as formas e arcos dos seus imponentes chifres, no entanto, ficou decepcionado e envergonhado com suas delgadas e aparentemente frágeis pernas.
E eis que que suspirou desconsolado: “Como é possível tal coisa, ser dotado de tão desprezíveis e desajeitadas pernas, quando, ao mesmo tempo, fui agraciado com tão bela e majestosa coroa...”
Nesse momento, sentiu o cheiro de uma pantera, que de repente, saltou de dentro do mato onde estava à sua espreita, na expectativa de capturá-lo. Mas, apesar de ser mais ágil e dotado de mais velocidade, seus imensos chifres ficavam presos aos galhos das árvores da espessa floresta à sua frente, impedindo sua fuga, e não permitindo que se pusesse a salvo do seu agressor.
Desse modo, em pouco tempo, seu carrasco o alcançou até com certa facilidade. Então o infeliz Cervo percebeu que as pernas das quais tanto se lamentara, com toda certeza, o teriam posto a salvo do perigo, isto se aqueles vistosos e, naquele momento inúteis e indesejáveis ornamentos à sua cabeça, não o tivesse impedido.
Moral da História 1:
Com frequência, nos preocupamos mais com o aspecto das coisas inúteis, e deixamos em segundo plano aquilo que de fato tem Valor...
Moral da História 2:
Somos um conjunto de pontos fracos e fortes. Ser capaz de Trabalhar os pontos fracos com a ajuda dos fortes, este é um grande gesto de Inteligência e Sabedoria...
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A tradução desse texto foi realizada com exclusividade para o Site de Dicas por Alberto Filho.
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Alberto Filho - albfilho@gmail.com
É autor, pesquisador e educador de Educação Infantil, Juvenil e Adulta, inclusive da terceira idade, com especialização em Educação Integral, Holística e Consciencial. É também Ilustrador e escritor de contos Infantis, Juvenis e Adultos.
O autor não possui Website ou Blog pessoal.
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Sobre as Fábulas:
Consideramos as Fábulas de Esopo publicadas neste site, quando comparadas com as versões disponíveis em meios digitais ou impressos, como as mais fiéis transcrições em língua portuguesa dos escritos originais deste grande sábio grego. Usamos como referência em nossas pesquisas históricas e bibliográficas a obra de Rev. Geo. Fyler Townsend, M.A., cujo trabalho resume uma vasta compilação a partir dos originais Gregos e que foi publicada orignariamente por George Routledge and Sons, London, 1905.
Acredita-se que já nasceu escravo e pertenceu a dois senhores. O Segundo viria a torná-lo livre ao reconhecer sua grande e natural sabedoria. Conta-se que mais tarde ele se tornaria embaixador.
Em suas fábulas, ou parábolas, ricas em ensinamentos, ele retrata o drama existencial do homem, substituindo os personagens humanos por animais, objetos ou coisas inanimadas do reino vegetal, mineral, ou forças da natureza.
O Editor