Autor: Alberto Filho - Tradutor[1]
Revisto e Atualizado: 07 de Maio de 2024
As lebres, animais tímidos por natureza, sentiam-se muito oprimidas e angustiadas pelo volume do próprio acanhamento.
E como na maior parte do tempo viviam com medo de tudo e de todos, temendo até a própria sombra, frustradas e cansadas, resolveram dar um fim às suas angústias existenciais.
E eis que, depois de convocarem o conselho das lebres, após um longo e dramático debate entre si, chegaram à conclusão de que a melhor solução para o seu caso, seria por fim às próprias vidas.
Entre elas, prevalecia o consenso de que esta seria a única saída, a solução final para tão doloroso problema; um drama que as acompanhara por toda existência, causando intensa dor e sofrimento. Acreditavam que, com aquele gesto, todos os problemas causados por tamanha limitação, finalmente, chegaria ao fim.
E assim, de comum acordo, ficou combinado que iriam se jogar do alto de um penhasco, para as escuras e profundas águas de um lago.
E determinadas, tão logo correram em direção ao penhasco, diversas Rãs que descansavam ocultas sob grama à margem do precipício, tomadas de pavor ante o ruído de suas pisadas, desesperadas, pularam na água em busca de proteção.
Ao ver o pavor que sentiam as Rãs em fuga, uma das Lebres se volta às companheiras, e diz: "Minhas amigas, creio que não mais devemos fazer aquilo que foi combinado, uma vez que agora acabamos de tomar conhecimentos da existência de criaturas ainda mais medrosas e covardes que nós..."
Moral da História 1:
Por ignorância ou desinformação, algumas vezes podemos transformar pequenos problemas em grandes catástrofes...
Moral da História 2:
O tamanho de cada problema é diretamente proporcional ao volume de sua importância ...
Moral da História 3:
A ignorância só é capaz de produzir mais ignorância...
Nota de Copyright ©
É Proibida a reprodução Total ou Parcial deste conteúdo para fins Pessoais ou Comerciais sem a autorização expressa dos Autores ou Site.
A tradução desse texto foi realizada com exclusividade para o Site de Dicas por Alberto Filho.
[1]
Alberto Filho - albfilho@gmail.com
É autor, pesquisador e educador de Educação Infantil, Juvenil e Adulta, inclusive da terceira idade, com especialização em Educação Integral, Holística e Consciencial. É também Ilustrador e escritor de contos Infantis, Juvenis e Adultos.
O autor não possui Website ou Blog pessoal.
Mais artigos do autor em: https://www.mundosimples.com.br
Sobre as Fábulas:
Consideramos as Fábulas de Esopo publicadas neste site, quando comparadas com as versões disponíveis em meios digitais ou impressos, como as mais fiéis transcrições em língua portuguesa dos escritos originais deste grande sábio grego. Usamos como referência em nossas pesquisas históricas e bibliográficas a obra de Rev. Geo. Fyler Townsend, M.A., cujo trabalho resume uma vasta compilação a partir dos originais Gregos e que foi publicada orignariamente por George Routledge and Sons, London, 1905.
Acredita-se que já nasceu escravo e pertenceu a dois senhores. O Segundo viria a torná-lo livre ao reconhecer sua grande e natural sabedoria. Conta-se que mais tarde ele se tornaria embaixador.
Em suas fábulas, ou parábolas, ricas em ensinamentos, ele retrata o drama existencial do homem, substituindo os personagens humanos por animais, objetos ou coisas inanimadas do reino vegetal, mineral, ou forças da natureza.
O Editor