Autor: Alberto Filho - Tradutor[1]
Revisto e Atualizado: 07 de Maio de 2024
Por uma predisposição natural, as Doninhas e os Ratos estavam sempre em pé de guerra. E a cada batalha, as Doninhas sempre saíam vitoriosas, levando consigo um grande número de Ratos, que lhes serviam de refeição para o dia seguinte.
Desesperados, os Ratos resolveram formar um conselho para tratar do assunto. E foi assim que chegaram à conclusão, de que os Ratos sempre levavam desvantagem, porque não tinham um líder.
Sendo um consenso aquela necessidade, em seguida, um grande número de generais e comandantes, foram escolhidos dentre os mais eminentes e notórios Ratos da comunidade. Isso, evidentemente, era motivo de orgulho para aqueles que, sendo hierarquicamente os mais bem posicionados, enxergavam ali uma clara forma de reconhecimento público do seu distinto e merecido status social.
E para diferenciar os soldados comuns dos graduados quando estivessem na linha de frente em meio ao campo de batalha, ficou acertado que os novos líderes, orgulhosamente ostentariam sobre suas cabeças, elegantes ornamentos e adereços feitos com penas ou palha.
E assim, depois de uma longa preparação da tropa de Ratos, após muitos estudos em táticas de guerrilha, enviaram um desafio às Doninhas.
As Doninhas, claro, aceitaram o desafio com euforia, uma vez que, "estar sempre de prontidão para a luta", este era o lema do grupo, especialmente quando estavam de olho na próxima refeição.
E assim, em grande número, imediatamente atacaram a brigada dos Ratos. Em pouco tempo, a linha de frente dos Ratos sucumbiu ante à implacável investida, enquanto que o restante da armada, numa fuga desesperada, bateu em retirada buscando refúgio em suas tocas.
Os soldados rasos entraram com facilidade nos reduzidos buracos que garantiam sua proteção. No entanto, os Ratos líderes, os membros graduados do nobre pelotão que representava a elite social da comunidade, não tiveram a mesma sorte.
Ocorre que os extravagantes adereços que ostentavam sobre suas cabeças, motivo de orgulho e distinção pública, agora atrapalhavam seus movimentos, impedindo-os de entrar em segurança em seus reduzidos abrigos. E foi assim que nenhum deles conseguiu escapar das famintas e implacáveis Doninhas.
Moral da História 1:
Nem tudo que parece vantajoso traz benefícios...
Moral da História 2:
Dedos carregados de anéis não dobram com facilidade...
Moral da História 3:
A vaidade é capaz de nos tornar mais poderosos do que realmente somos...
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A tradução desse texto foi realizada com exclusividade para o Site de Dicas por Alberto Filho.
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Alberto Filho - albfilho@gmail.com
É autor, pesquisador e educador de Educação Infantil, Juvenil e Adulta, inclusive da terceira idade, com especialização em Educação Integral, Holística e Consciencial. É também Ilustrador e escritor de contos Infantis, Juvenis e Adultos.
O autor não possui Website ou Blog pessoal.
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Acredita-se que já nasceu escravo e pertenceu a dois senhores. O Segundo viria a torná-lo livre ao reconhecer sua grande e natural sabedoria. Conta-se que mais tarde ele se tornaria embaixador.
Em suas fábulas, ou parábolas, ricas em ensinamentos, ele retrata o drama existencial do homem, substituindo os personagens humanos por animais, objetos ou coisas inanimadas do reino vegetal, mineral, ou forças da natureza.
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