Autor: Editoria de Folclore - Site de Dicas[1]
Revisto e Atualizado: 02 de Maio de 2024
É uma aparição, na forma de uma bela mulher, normalmente vestida de vermelho, mas pode ser também de branco. Alguns dizem que é uma alma penada vagando sem rumo, pois, ainda não sabe que já morreu. Outros afirmam tratar-se do fantasma de uma jovem assassinada, que desde então, perambula sem rumo.
Na verdade, esse fantasma não aparece à meia-noite, e sim, desaparece nessa hora. Muito bela, aparenta ser uma jovem normal. Gosta de aproximar-se de homens solitários nas mesas de bares ou casas noturnas. Senta com eles, e logo os convida para que a levem para casa.
Encantados com tamanha beleza, todos topam na hora. Entretidos, logo chegam ao destino. Parando ao lado de um muro alto, ela então diz ao acompanhante: "É aqui o lugar onde moro...". É neste momento que a pessoa se dá conta que está ao lado de um cemitério, e antes que diga alguma coisa, ela já desapareceu. Nessa hora, o sino da igreja anuncia que é meia noite.
Outras vezes, ela surge nas estradas desertas, pedindo carona. Então solicita ao motorista que a acompanhe até sua casa. E, mais uma vez, a pessoa só percebe que está diante do cemitério quando ela, com sua voz suave, meiga e encantadora, se volta para o acompanhante e diz: "É aqui o lugar onde moro... não quer entrar comigo e conversar um pouco?"
Tomado de repente por um alento Gelado, e tremendo da cabeça aos pés, a única coisa que a pessoa vê, é que ela, contrariando todas suas crenças, acabou de sumir diante dos seus olhos. E neste momento, ao longe, escuta o sino da igreja anunciar que é meia-noite em ponto.
Nomes comuns: Moça de Branco, Noiva de Branco, Mulher de Branco, Fantasma da Estrada, Sapatos Vermelhos, Mulher de Duas Cores (Minas e São Paulo), Alamoa (Fernando de Noronha)[2], La Llorona (México), Paquita Munhoz (Região dos Andes), La Sayona (Venezuela), etc.
Origem Provável: É um Mito universal. Na América Hispânica, no tempo da colonização Espanhola já era bastante conhecido. Existem versões semelhantes na América do Norte e Europa.
Em São Paulo e Minas, há relatos que mencionam uma aparição que surge vestindo sempre roupas de duas cores. Branco com Preto, Vermelho com Azul, Azul com Amarelo, etc. Em Fernando de Noronha, é uma Loura de grande beleza que, depois de atrair suas vítimas, diante delas, se transforma em um horrível esqueleto desfigurado e com restos de mortalha sobre o corpo.
No México há uma versão local, La Llorona, que é uma mulher que afogou seus dois filhos e depois se suicidou. Então perambula chorando, ora pelas margens dos rios em busca deles, ora pelas estradas, sempre carregando nos braços um bebê e pedindo carona. Quando entra no carro, dá para ver que é uma assombração pelo seu rosto cadavérico.
Para muitos, trata-se de uma noiva, que na noite do seu casamento, quando se dirigia à igreja, foi atropelada. Por coincidência, era uma noite de sexta-feira. Então, nas noites de sexta, ela volta à estrada vestida de noiva e pedindo carona. E, nesse caso, Já dentro da cabine do carro, diante do seu benfeitor, ela vai sumindo aos poucos; às vezes como se fora um espectro de cera que se dissolve, outras vezes tomando a forma de uma fumaça branca tão fria quanto gelo, também conhecida como Ectoplasma.
[2] Na Ilha de Fernando de Noronha, às vésperas de tempestades, aparece a Alamoa, à noitinha, como um vulto branco de uma linda mulher, nua e loura, que dança na praia, iluminada pelos relâmpagos. Como todo fantasma, esta também não deixa rastros de sua passagem. De acordo com a crença local, ora ela aparece seduzindo pessoas para matar, matar de medo, transformando-se em esqueleto, diante da vítima; ora para mostrar o caminho de um fabuloso tesouro que está escondido em algum lugar da ilha. Mas, como até hoje não apareceu alguém com coragem suficiene para ir até o fim, o fabuloso e lendário tesouro permanece escondido em algum lugar da ilha.
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