Autor: Editoria de Folclore - Site de Dicas[1]
Revisto e Atualizado: 02 de Maio de 2024
O Território de Santa Catarina era domínio dos Guaranis na Costa. Para o interior eram tribos Gês. O núcleo inicial do povoamento europeu foi constituído por onde náufragos duma nau de João Dias de Solis.
Eram portugueses e castelhanos, e foram a força povoadora da região. Casaram-se com mulheres guaranis, dando origem a uma nova sub-raça conhecida entre os indígenas pelo apelido de Carijó, que significa arrancado do branco, mestiço[2].
Terra de ação paulista, Santa Catarina foi palco de lutas para o fornecimento do gentio à escravaria bandeirante. Os colonos se ocupavam da vida agrícola. Vieram muitos, de São Paulo e, no século XVIII, levas de açorianos e madeirenses que fundaram povoações.
Durante o século XIX fortes contingentes de alemães foram localizados nas encostas dos montes sempre verdes. As cidades surgiram e o idioma antes confuso logo se tornou familiar. A base econômica era a agricultura, depois tornada extrativa com a erva-mate, madeiras, criação de gado.
Em 1890 a percentagem negra era de 5 %, para 85 de brancos e o restante de mestiços. A multidão indígena, anulada pelas fugas e mortes ou repelida para os confins da região, dizimada pelos conquistadores, deixou raros traços de sua passagem.
Os mitos indígenas são os de caráter geral assim como os europeus. Os mitos locais apresentam maior aproximação com os deixados pelos colonos portugueses em suas terras de origem. Como os alemães e poloneses nada acrescentam de novo, simplesmente consolidam os mitos nacionais.
Assim, nessa terra de homens brancos, com a menor percentagem de sangue africano, o mito mais falado e generalizado é o do Boi-Tatá.
Esse vestígio indígena dos primeiros tempos da colonização, demonstra a aproximação entre os dois povos, na formação da etnia local. Diante dos atuais 90% de brancos, o Boitatá resiste, espalhando assombros como se fosse um Dragão das estórias dos irmãos Grimm.
A Editoria de Pesquisas Folclóricas, é composta por dois antropológos, sendo um deles também folclorista, historiador e publicitário. Contamos ainda com a colaboração de uma pedagoga e antropóloga especializada em Tradições Populares e Costumes Antigos, e também com as valorosas contribuições dos nossos leitores.
>>> Bibliografia consultada.
[2] Lucas A. Boiteux – História de Santa Catarina, p. 47.
Nota de Copyright ©
Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização expressa do autor ou site.