Eis, finalmente, um Estudo Objetivo e esclarecedor sobre toda Fisiologia e Psicologia da Sexualidade Infantil, desde os primeiros dias de vida da criança....
A origem do nosso processo Cognitivo Geral
Pouco importa onde uma criança nasceu, ou sua origem social. Também não importa se é nobre ou plebeu, do campo ou da cidade, de pais incultos ou cultos. No entanto, a exemplo de todas as outras, tem a mesma capacidade instintiva de chorar ao sentir fome ou algum desconforto. É sua forma primária de comunicação com aquele novo e inóspito mundo, de cujas normas só tomará conhecimento depois de crescida.
Os aspectos da fisiologia humana não são voluntários, isto é, não podemos escolher qual deverá ser nossa aparência física, nem como deverá ser a configuração de nossa biologia interna. Também a fome é um processo involuntário, e depois de crescidos, embora possamos escolher nosso próprio alimento, não podemos deixar de senti-la. Trata-se de um processo básico, parte integrante do nosso padrão biológico. Por isso, a criança recém nascida, que nada conhece dos costumes alimentares humanos nem da vida, já saberá como agir quando a fome se manifesta.
Preliminarmente nosso cérebro foi programado para aprender naturalmente sem a necessidade de juízes para guiar nossos primeiros passos. Ele já nasce aprendendo de maneira espontânea, e querendo ou não, é assim que vai se comportar durante toda vida.
Os cinco sentidos primários necessários à nossa sobrevivência, dos quais fomos igualmente dotados, são atributos inatos, comuns a todos os seres humanos normais. Desse modo, para usá-los bem e de modo consciente, como tudo na vida, precisamos de prática. É assim quando aprendemos a ler. Não basta saber ler, e só a prática regular da leitura irá nos capacitar para a compreensão daquilo que está escrito.
Não nascemos com todas nossas habilidades já desenvolvidas, isso depende de tempo, esforço e muita técnica. Terão se passado muitos anos até que atinjam seu ponto de maturação. No início, temos apenas aquilo que podemos chamar de potencial ou predisposição natural para desenvolver alguns aspectos psicológicos e somáticos. Para alguns atributos de nossa fisiologia, o fato de herdarmos o potencial não significa que já temos esta habilidade intrínseca, como, por exemplo, o ato de andar. Se nunca tentarmos, por meio do exercício regular e persistente, é certo que este potencial não se desenvolverá da maneira adequada.
Na psique temos nossas idiossincrasias ou temperamento, um atributo inato capaz de guiar nossas preferências em direção a algumas coisas e a rejeitar outras, sejam objetos, sensações ou posturas. É nossa maneira pessoal de interagir com situações, coisas e pessoas, e inicialmente funciona sem a interferência do pensamento lúcido.
Temos também o potencial para desenvolver a capacidade de pegar e segurar objetos, assim como de falar, pular, e muito mais. Mas, em comum, tudo isso precisa ser exercitado, e apenas assim deixarão sua condição de repouso para se desenvolver transformando-se em habilidades. Sem uso permanecerão para sempre apenas como potenciais adormecidos.
O Desenvolvimento, Consolidação e Potencialização dos Sentidos
E perceber o próprio corpo, suas sensações, parece ser uma de nossas primeiras necessidades. Trata-se de uma predisposição inata; não depende de nossa vontade. Como podemos interpretar e entender a dor que sentimos se não investigamos sua etiologia; se não compreendermos sua fisiologia? Posso até saber que um alimento me fez mal, mas apenas com a compreensão do meu corpo, suas incompatibilidades e compatibilidades, limites, intolerâncias e tolerâncias, é que será possível corrigir a carência, ou descobrir meios para uma convivência pacífica com o problema.
Quanto mais compreendo meus limites, maiores serão as chances de equilibrar minha saúde somática e psicológica. E essa compreensão implica em estudar o significado de todas as sensações físicas por meio da linguagem do meu próprio corpo. Não há outra forma. Assim, estarei apto a perceber quando estou saciado, e não terei uma indigestão; posso saber o que me causa sofrimento ou contentamento.
Compreendendo as sensações corporais posso viver em equilíbrio em meu mundo. Não se trata de vaidade ou busca voluntária por satisfação. A função dos sentidos é qualificar nossa compreensão do que vem a ser insatisfação ou satisfação. Trata-se de uma questão de sobrevivência da espécie. Uma doença é uma insatisfação, que preciso aprender a tratar ou evitar. Também preciso conhecer a sensação do bem estar de uma cura. E tudo isso precisa ser estudado e profundamente compreendido.
Nosso corpo foi projetado pela natureza com sensores ou indicadores especialmente desenvolvidos para realizar uma tarefa singular: atestar nossa saúde somática. Desse modo, se utilizou de uma linguagem ingênita, não voluntária, muito simples e objetiva, capaz de ser compreendida, não apenas pelo homem culto, mas por toda espécie dita irracional. Manifesta-se por meio de duas prerrogativas: ruim ou bom. Assim, o corpo é capaz de compreender facilmente que o desagradável pode ser prejudicial, enquanto que o agradável, a princípio, pode ser benéfico.
Podemos perceber que a capacidade de procriar, por exemplo, nos animais irracionais é involuntária. Trata-se de puro instinto, um determinismo natural. A própria natureza controla tudo, criando as condições que são os ciclos, programando todo processo. Já no homem é uma ocorrência involuntária e voluntária. O despertar da sexualidade é involuntário; já o ato da procriação, este pode ser voluntário.
A Compreensão ainda é única chave capaz de fechar as gigantescas portas da Ignorância...
Logo na primeira infância, um dos primeiros processos a despertar na criança é o referente à sua sexualidade. Trata-se de uma exploração, uma aventura inconsciente, uma vez que os órgãos genitais foram dotados pela natureza de uma sensibilidade especial. Há o natural despertar, uma atenção singular para aqueles órgãos que possuem uma propriedade diferente dos demais.
Nesse autoaprendizado, onde a criança atua de maneira passiva e leiga, sem compreender o que se passa com ela, existe apenas a constatação de que algumas partes do seu corpo são mais sensíveis ao toque que as outras. Ninguém lhes ensina nada disso, tudo faz parte do seu instinto. Trata-se de uma compreensão fundamental ao desenvolvimento saudável do seu corpo somático e repertório psicológico.
Começa então a jornada para que a criança seja capaz de explorar e aprender mais sobre seu veículo ou corpo sensorial...
Desse modo, a criança instintivamente, involuntariamente, ao ter contato com seus órgãos genitais, o que inicia com a agradável sensação da troca de fraldas, passa a tomar conhecimento das diferentes sensibilidades do seu corpo. É uma expedição rumo às descobertas, onde ela aprende a distinguir cada tipo de sensação, se dor ou prazer, de acordo com o local da ocorrência. Isso fará parte de suas lembranças, memórias, condições que vão determinar seu modo peculiar de pensar e interagir com o mundo. E assim, as sensações boas ela desejará repetir, e as más, repelir.
Toda nossa fisiologia está orientada para reagir a dois tipos de impressões sensoriais, e no final apenas uma delas será levada em conta. A satisfação significa bem estar. Significa que faz bem ao corpo, que é algo necessário à sobrevivência. Fosse o ato de alimentar-se algo desagradável, é certo que logo, toda espécie animal, grupo do qual fazemos parte, estaria ameaçada. E o ente humano passará o resto de sua vida, inicialmente involuntariamente, em busca de satisfação. E não haverá ato algum em seu viver cujo foco não a tenha como objetivo. Poderá lhe dar os mais variados nomes, tais como, crença, altruísmo, ideologia, espiritualidade, profissão, paladar, mas no fim, satisfação é o que rege todos os passos do homem sobre a terra.
Editoria de Educação do Site de Dicas.
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[1]Jon Talber
É Pedagogo, Antropólogo e autor especializado em Educação Integral e Consciencial.
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