Autor: Site de Dicas[1]
Revisado e Atualizado: 10 de Maio 2024
Uma das maiores dificuldades para a criação ou aplicação de uma Atividade ou Jogo, seja ele didático ou não, se refere ao uso do material, de custo muitas vezes elevado e até pela absoluta indisponibilidade do mesmo, fato que poderá comprometer e inviabilizar todo projeto. Nesses casos a substituição dos materiais disponíveis pode ser a solução mais inteligente.
No entanto, acreditamos que, não importa qual seja a Atividade Recreativa, é possível que possamos realizá-la com materiais alternativos. Na verdade podemos ir mais além e com um pouco de criatividade realizar toda tarefa sem material ou custo algum, exceto por aquele tempo gasto com a mão de obra.
Vamos tratar desse assunto neste capítulo, e aos poucos aprenderemos como muitas vezes o problema pode estar apenas em nossa resistência às mudanças.
Não existe Atividade perfeita, quer dizer, 100% acabada, por isso mesmo, conclua o projeto e coloque-o em Operação[2]. Os ajustes virão com a aplicação, com a análise dos pontos fracos e fortes, e na maioria das vezes novas Atividades irão surgir a partir das correções que ocorreram durante o processo. Por isso, se tiver uma ideia, a melhor maneira de testar sua viabilidade e repercussão é testando em campo e nunca apenas no interior de sua cabeça, ou mesmo a partir de “achismos”.
Podemos adaptar a maioria das brincadeiras infantis para que seja possível sua realização com materiais reciclados ou sem nenhum material. É um mito achar que a qualidade didática da brincadeira ou atividade recreativa depende da sofisticação do material usado.
A Qualidade deve se refletir no esmero empregado na elaboração e acabamento do Desafio ou Jogo, no conteúdo paradidático implícito no projeto, no modo como iremos apresentá-lo aos nossos educandos.
Há uma lenda muito antiga que retrata exatamente o modo como podemos usar as circunstâncias, qualquer que seja, e dar a elas valor educacional de verdade.Um mestre de grande sabedoria, certa manhã, ao reunir seus alunos no pátio da escola para uma atividade onde seria trabalhado o atributo da Atenção, disse apontando para um pequeno pássaro que cantava alegremente no jardim: “Quero que vocês digam o que pensam ao observar aquele pequeno pássaro cantando. Não precisam ter pressa; primeiro escutem com cuidado e depois vocês relatam. Esta é a atividade do dia.”
Como podemos ver, uma atividade pode ser criada a partir de qualquer situação, e se refletirmos com lucidez e uma mente aberta, podemos ter em mãos uma fonte tão rica e abundante de recursos para nossas aplicações que o processo de escolha ante tantas possibilidades e diversidade, este sim pode se tornar o nosso principal problema.
[2] A maioria dos Educadores ou Coordenadores de Atividades Recreativas com propostas Didáticas, num primeiro momento após a concepção de uma ideia ou projeto, relutam em levar a proposta a termo com receio de que a coisa não apresente os resultados esperados. E nesses casos sempre questionamos: "Como você pode ter certeza disso se tudo ainda não saiu do interior de sua cabeça?"
E sabendo antecipadamente, através de longa experiência, que todas as Atividades concebidas sempre irão precisar de ajustes finos, exclusões e inclusões, Alertamos sempre aos nossos alunos que a técnica de achar através de um processo premonitório", sem, contudo, testar em campo, é a mais ineficaz de todas.
Certeza mesmo do Insucesso ou Sucesso de qualquer empreitada ou empreendimento, de fato, só teremos quando colocarmos a ideia em prática, no seu campo de ação, entre os protagonistas e usuários, nossos maiores colaboradores, especialmente no quesito "Evolução da Técnica".
Além disso, errar faz parte do processo de Ajustes, Aperfeiçoamentos e Ampliação das Potencialidades do Modelo idealizado.
O Curso: Criação de Atividades Recreativas com fins Educativos foi elaborado pelo nosso corpo docente para uso exclusivo do Site de Dicas.
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