Autora: Anne Marie Lucille[1]
Atualizado: 15 de Julho de 2024
As Historinhas Infantis e os Contos Edificantes são tão importantes para a criança, quanto a necessidade de brincar...
"Uma criança atenta assimila as informações de maneira consciente e inconsciente. Isso quer dizer que o educador deve ser duplamente cauteloso na escolha do conteúdo de suas preleções, tomando cuidado, especialmente, com a qualidade dos seus gestos, e estados emocionais."
Uma Observação Importante:
Sempre que usamos termos tais como, Pais, Filhos, Educador, Docente ou Mestre, estamos nos referindo aos dois Gêneros, e não apenas ao Masculino...
Examinando a Questão dos Contos Infantis na vida da Criança ou Jovem...
O Educador do ensino Básico, Jardim de Infância ou Maternal, deve contar histórias diariamente. Os Contos, que poderão ser Fábulas, Estórias Infantis, Contos da Carochinha ou mesmo lendas do nosso Folclore, poderão ser conhecidos ou inéditos, dependendo do interesse da turma, sendo que o número de repetições é ilimitado.
Para as crianças deste estágio etário, a repetição das histórias tem um valor especial, uma vez que ajuda no processo de fixação e memorização, sem contar que a cada nova seção de contos sua capacidade de compreensão aumenta e o entendimento da linguagem torna-se ainda mais claro.
Motivo pelo qual a introdução de pequenas variações entre as mesmas narrativas, devem ser consideradas.
Cabe ao educador atento inserir os comentários que julgue adequados durante as narrativas. Este pequeno gesto irá ampliar o modo como as crianças interpretam o contexto das coisas, o grau de aprofundamento de uma ideia, assim como o conceito de que todo ponto de vista pode ser descrito e compreendido de múltiplas formas.
A escolha das histórias, especialmente em meio às crianças menores, deve ser feita entre os livros apenas com gravuras, pouco texto, linguagem simples, com ilustrações grandes e sugestivas, de modo a atender às diferentes necessidades da turma.
As Atividades deverão surgir do modo mais natural possível e de acordo com as oportunidades de cada momento.
A criança não deve sentir que há a "hora da história". Para que isso se torne possível, o Educador deve usar de todos os artifícios para disfarçar.
Local e Arrumação – O Docente poderá contar a história dentro da sala de aula, no pátio, com as crianças sentadas nos degraus de uma escada, no jardim, e assim por diante.
Quanto à arrumação, as crianças deverão ficar de frente para o Mestre, de modo que todas vejam perfeitamente o livro em suas mãos, assim como sua forma de narrar dramatizando a história, ou mesmo o material de apoio que está sendo utilizado.
Motivação – A criança não deve perceber que o Educador deseja contar uma determinada história. Cabe a este, pondo em jogo toda a sua habilidade criativa, provocar o interesse do grupo. Isso se consegue criando uma situação sugestiva na qual a história venha a ser solicitada pela turma.
Apresentação da História – O Docente precisa conhecer previamente o texto da história que será lida. Isso é importante para uma narrativa fluente, sem embaraços, de modo a facilitar sua interpretação, comentários, assim como o ajuste da linguagem de acordo com o perfil do público ouvinte.
A história deve ser contada com o auxílio do material disponível no momento – gestos, pantomimas, livros, desenhos no quadro, fantoches, gravuras, objetos, figuras dos personagens recortadas em cartolina, teatros de sombra e de vara, etc. Isto é necessário já que a criança do Básico vai precisar de subsídios para construir imagens virtuais de referência que facilitem seu entendimento.
Ao longo da leitura da história, O Educador pode, aqui e ali, solicitar a cooperação da criança, como, por exemplo: "... e agora", diz ele virando a página e mostrando às crianças; "Olhem quem vem falar com o cãozinho... isso mesmo o carteiro..."
Este artifício poderá também ser usado quando o Mestre perceber que houve um momentâneo desinteresse do grupo.
Outra técnica que funciona muito bem nestas horas é a inserção de um Clima de Mistério, ou a insinuação de que algo inesperado está para acontecer. O clima de expectativa ainda é uma das mais notáveis e eficientes técnicas para captar a atenção, assim como despertar a motivação de um grupo.
Isto quer dizer que, ao escolher uma história, o Mestre Educador deverá planejar com antecedência o que de interessante e útil poderá inserir para qualificar a compreensão e cognição das crianças. Desse modo, poderá usar o enredo do conto para introduzir elementos que considere útil ao Desenvolvimento Sensorial e intelectual do grupo.