"Lembre-se sempre de que, o cérebro de uma criança é como uma folha de papel em branco, onde podemos escrever qualquer coisa, inclusive os protocolos inúteis que conhecemos tão bem..."
Observação Importante: Quando usamos termos, tais como, "Pais, Filhos, Alunos, Professor ou Educador", estamos nos referindo aos dois Gêneros, e não apenas ao Gênero Masculino.
Examinando a Questão do valor das Atividades Recreativas com fins didáticos na vida da Criança ou Jovem...
Uma Atividade didática para ter de fato algum valor cognitivo precisa ser lúdica, ou seja, divertir sem aquela atribuição formal de que se trata de um processo educativo.
Não apenas para as crianças, mas entre jovens e adultos, a regra é a mesma. Ocorre que no processo formal, onde o educando se coloca de modo passivo diante do educador com a obrigação de assimilar alguma coisa de cunho apenas teórico, seu cérebro, por mais esforçado e qualificado que seja, não vai conseguir criar a experiência da autoexperimentação associada ao fato teorizado.
Um fato que não ocorre quando se trata do processo lúdico, recreativo, uma vez que neste caso o indivíduo pratica, sente e assimila sensorialmente aquele aprendizado.
A Experiência Sensorial é imprescindível para que o cérebro humano seja capaz de criar as sinapses que associam os relatos teóricos aos seus respectivos efeitos. A partir deste evento associativo, a experiência ficará registrada como memória definitiva, o que não ocorreria caso o processo fosse apenas virtual, de faz de contas ou hipotético.
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A seguir, eis algumas dicas, na verdade são reflexões ou chaves didáticas, que poderão ajudar pais e educadores na condução de alguns destes processos lúdicos e educativos. As sugestões são aplicáveis para todas as faixas etárias.
Jogos de Memória são excelentes práticas lúdicas para crianças e jovens de todas as faixas etárias. Trata-se de uma atividade que tem aceitação irrestrita entre elas. Faça experiências com ilustrações, palavras, sequência de objetos, palavra e imagem, números, e assim por diante. Como instrumentos didáticos, trabalham intensamente a memória, atenção, planejamento, lógica, concatenação de ideias, acuidade visual, e muitas outras qualificações.
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Brincar com água é uma necessidade para todas as crianças nervosas ou difíceis, e uma atividade altamente benéfica para as crianças em geral.
Uma brocha de pintar ou pincel largo e um balde com água limpa para “pintar” de mentirinha paredes da casa, azulejos do banheiro ou os próprios brinquedos, é uma atividade recreativa que fascina as crianças e desperta nelas o senso de limpeza, organização e estética.
Os jogos de silêncio e imobilidade são ótimos como exercícios de controle motor, Autodomínio das Emoções e controle da Ansiedade.
Brincadeiras ao ar livre devem começar com uma breve explicação da importância das árvores, limpeza, respeito aos animais, amizades, nossa família, etc. Isso desperta nas crianças amor à natureza, senso de cooperação e preservação.
Brincar de cuidar das plantas, assim como regar o jardim, são excelentes deixas motivacionais para despertar a sensibilidade ecológica ou respeito à natureza, e serve sem distinção para todas as faixas etárias.
Colocar uma venda numa criança e pedir para que outra a Guie até um determinado local, é uma excelente atividade para afirmação da ajuda voluntária e amizade. Cria em ambos um inestimável senso de cooperação e ética solidária. Desperta no condutor o senso de responsabilidade e respeito pelo outro. Cria no conduzido o senso de confiança no amigo, sensibilização às limitações alheias, além de aprender na prática sobre as dificuldades dos deficientes, especialmente os visuais.
Os Jogos coletivos, onde a criança desempenhe um papel importante para o desenvolvimento da atividade, acaba por criar em sua personalidade um elevado senso de responsabilidade social, motivação, autoestima e autoconfiança.
Os jogos de adivinhação são excelentes como estímulos à Criatividade e todo processo de composição da imaginação infantil. Além disso, trabalham de maneira intensa o processo de atenção, dedução, coordenação, organização pessoal e associação de ideias.
Por fim, não se limite a esta lista. Improvise; faça adaptações e crie suas próprias atividades.
[1]Anne Marie Lucille - annemarielucille@yahoo.com.br
Antropóloga e Pesquisadora na área da Psicopedagogia, Educação de crianças, jovens e Adultos. Atua como consultora educacional especializada em Educação Integral e Holística.
A autora não possui Website, Blog ou página pessoal em nenhuma Rede Social.