12 Dicas sobre o desenvolvimento dos Sentidos infantis, especialmente o Tato
Autora: Anne Marie Lucille[1] Atualizado: 14 de Julho de 2024
Para um saudável desenvolvimento dos sentidos infantis, especialmente o tato, a criança deverá sentir-se livre para tocar, manipular objetos, cair, se machucar e erguer-se, evidentemente de maneira controlada, e tudo isso sob os olhares atentos dos pais ou educadores.
"Educador sem vocação, para uma criança, terá o mesmo efeito que teria a água tóxica para uma planta..."
"Uma criança aprende por repetição, por isso mesmo, repetir antigos vícios, manias, condicionamentos culturais que fomentam a competição e o medo, estão longe de ser uma boa e ética prática didática."
Observação Importante: Quando usamos termos, tais como, "Pais, Filhos, Alunos, Professor ou Educador", estamos nos referindo aos dois Gêneros, e não apenas ao Gênero Masculino.
Compreendendo o sentido do Tato de uma criança...
A capacidade de ser capaz de sentir, seja por meio do tato ou da qualificação dos demais sensores corporais, é uma condição essencial para que possamos compreender e interagir de maneira equilibrada, qualificada e saudável com nosso mundo de objetos, situações, sensações e pessoas.
Isto significa dizer que, todo nosso processo emocional depende do correto desenvolvimento dos nossos sentidos. Não há uma exceção, e sem isso nos tornamos apenas veículos inanimados, incapazes de compreender nossos semelhantes em sua totalidade; incapazes de compreender o que ocorre conosco.
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E sem o dom da Expressão Oral, escrita ou através de outros meios, nada disso seria possível. E tudo começa quando aprendemos a falar, ou compreender o significado de tudo aquilo que os outros falam. Assim, exercitar o dom da Audição, desde cedo, é uma condição crítica, especialmente quando todo este processo é trabalhado de modo consciente e responsável.
Entretanto, o desenvolvimento salutar de nossas potencialidades sensoriais estará seriamente comprometido, se formos impedidos de sentir livremente, seja uma sensação de desconforto físico, seja uma sensação de contentamento ou bem estar.
Liberdade neste caso, significa estar livre para aprender; aprender por meio da autoexperimentação, do ato de agir, fazer, tentar, errar, para enfim descobrir como proceder da forma correta.
Evidentemente, cabe aos pais ou educadores a correta condução de todo este processo cognitivo, e tão logo as crianças estejam em condições de compreenderem as coisas, deverão ser devidamente esclarecidas.
Nesta ocasião, cabe ao educador ou aos pais explicar o que está ocorrendo com cada uma delas, sem ressalvas, sem argumentos duvidosos, sem protocolos complexos ou uma linguagem que não esteja alinhada ao processo de compreensão das crianças.
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E lembrando uma vez mais, crianças não têm preferências, e tudo para elas é aprendizado, sejam os exemplos negativos, sejam as edificantes orientações positivas.
A seguir, estão algumas dicas, na verdade reflexões, que poderão ajudar pais e educadores a encontrar uma direção na condução de suas crianças e alunos.
De algumas Regras, Nunca devemos nos Esquecer...
A criança adquire noções concretas e exatas do mundo que a rodeia por meio de exercícios sensoriais, muitos deles involuntários.
Os Jogos Educativos destinados a exercitar os sentidos constituem um valioso auxiliar.
Nada melhor para exercitar os sentidos do que colocar a criança em contato direto com a natureza, fazendo-a observar as árvores, flores, pássaros, terra, pedras, água, o vento, o calor, o frio, e assim por diante.
É sempre útil aquele tipo de exercício que tem a finalidade de obter uma maior destreza e agilidade das mãos.
O estágio etário entre dois e cinco anos é um período de desenvolvimento intenso e muito importante da vida humana, uma vez que a criança ainda está livre de qualquer tipo de condicionamento psicológico e, portanto, sem vícios, manias ou preferências.
Nessa idade a criança não apenas é capaz de ver e escutar, como também sente uma incontrolável e instintiva necessidade de apalpar e tocar qualquer coisa.
Para a criança não basta que lhe diga onde se encontra um determinado objeto, ela necessita vê-lo, apalpá-lo, e apenas assim poderá tomar conhecimento de sua existência.
Para exercitar o sentido do tato nada melhor que a prática da modelagem, do recorte, da colagem, do arranjo de objetos, das diferentes consistências dos objetos, e assim por diante.
Abotoar, amarrar, raspar, puxar, bordar, tecer, trançar, apertar e enfiar contas são excelentes exercícios.
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Os jogos e exercícios sem auxílio da visão, isto é, com os olhos vendados, são meios eficazes para identificar e distinguir superfícies ásperas, suaves e lisas, tecidos finos e grossos, lã e seda, formas e tamanhos, temperatura, consistência, espessura, e outros.
As atividades manuais estimulam e desenvolvem na criança, a capacidade criadora de expressar seus pensamentos e emoções por meio de atos.
Brincar com massa de modelar ou mesmo Argila, ainda é um excelente exercício para sensibilização, ajuste da tração e emprego da força muscular adequada, tanto para as mãos, quanto para os dedos.
[1]Anne Marie Lucille - annemarielucille@yahoo.com.br
Antropóloga e Pesquisadora na área da Psicopedagogia, Educação de crianças, jovens e Adultos. Atua como consultora educacional especializada em Educação Integral e Holística.
A autora não possui Website, Blog ou página pessoal em nenhuma Rede Social.