3 Atividades Recreativas de Excepcional valor Educativo
Autor: Alberto Filho[1] Atualizado: 14 de Julho de 2024
Neste Artigo, o autor dá algumas sugestões práticas de como criar excelentes Atividades Didáticas com grande valor Educativo, sem gastar quase nada.
"Ideias para Criação de Atividades Didáticas de grande valor educativo sem uso de materiais, ou quase..."
"Uma Atividade Didática só tem valor se for capaz de ensinar alguma coisa comprovadamente útil..."
Observação Importante: Quando usamos termos, tais como, "Pais, Filhos, Alunos ou Educadores", estamos nos referindo aos dois Gêneros, e não apenas ao Gênero Masculino.
Examinando o valor das Atividades Lúdicas como instrumentos educacionais, ou inovadoras ferramentas pedagógicos...
Dentro de uma realidade escolar, onde Aluno e Educador, na maioria das vezes, estão alinhados em torno dos mesmos objetivos dentro da própria sala de aula, imaginar que é possível pautar uma educação de qualidade pode até parecer um sonho ou delírio.
Há ainda o fato de não falarem uma mesma linguagem, uma vez que o educador não consegue cativar a turma com aquele conteúdo didático tão fora do tempo e sem atrativos para os jovens, que, entretanto, as autoridades educacionais deliberam como quesitos obrigatórios e necessários para a boa formação dos educandos.
E embora aquele ambiente seja o mais adequado ao aprendizado voluntário, não existe uma ressonância capaz de colocar Aluno e Educador diante de uma mesma causa, uma condição possível de proporcionar expectativas positivas e grande motivação ao grupo durante a prática didática. Diante disso, descobrir um meio de restaurar esta ordem deveria a mais urgente pauta dentro da pedagogia.
Veja também este vídeo publicado em nosso Canal no Youtube:
Sem esta conciliação, uma boa educação jamais será possível. E o docente frequenta a sala de aula para seguir protocolos sem valor cognitivo apenas com a intenção de cumprir sua carga horária. Aos alunos, resta consumar aquele ritual diário, que consideram uma espécie penitência ou peregrinação sem rumo, ou mesmo um castigo.
Mas é isto o que determina a tradição social, que lhes promete um futuro promissor, caso frequentem a instituição sem contestar, mesmo sem um comprometimento pessoal, objetivos ou expectativas.
Ainda assim, pode ser que algum educador queira transformar esta realidade em um ambiente lúdico capaz de cativar os alunos, e ao mesmo tempo, fazê-los aprender alguma coisa útil. Mas ainda lhe falta os recursos necessários para que esta tarefa alcance o Êxito pretendido.
Com alguma criatividade, o educador poderá mudar esta escrita. E a carência de recursos da instituição poderá ser compensada com algum improviso. Trata-se de uma ação capaz até de transformar a falta de interesse da turma em motivação.
Desse modo, algumas práticas lúdicas de valor cognitivo comprovado, que poderão ser usadas naqueles horários mortos onde o interesse da turma já foi pro brejo, se bem aplicadas, poderão por um fim a esta rotina mecanicista sem objetivos a serem alcançados.
Caso tenha um pouco de criatividade, o docente poderá criar brincadeiras didáticas sem nenhum custo, e ainda inserir neste processo técnicas capazes de trabalhar qualidades cognitivas que não poderiam ser desenvolvidas ou potencializadas de outra forma, especialmente levando em conta os recursos envolvidos e a simplicidade da abordagem.
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Eis, portanto, algumas dicas de Atividades Recreativas com alto valor cognitivo, que poderão ser realizadas quase sem custos, em casa ou dentro das salas de aula, podendo facilmente ser adaptadas sem problemas para todas as faixas etárias.
Em tempo, as atividades aqui descritas se adequam melhor às crianças maiores de cinco anos de idade, e também poderão sem problemas ser realizadas dentro de casa, e não apenas na escola. Vamos à prática!
Descubra o Objeto:
Trata-se de um jogo de adivinhação que pode ser realizado individualmente ou em grupos. O aluno aprenderá brincando sobre Organização, Lógica, Disciplina, Atenção, Concatenação de ideias, Resolução de Problemas, Formas de expressão, Socialização e outros.
Veja também este vídeo publicado em nosso Canal no Youtube:
Regras e Desenvolvimento:
O educador escolhe um objeto que, por meio de pistas, os alunos tentarão descobrir qual é. As pistas poderão ser enriquecidas com pequenos contos, cujo protagonista seja o objeto oculto. Pela quantidade de pistas necessárias ao acerto, ou pelo grau de dificuldade do objeto secreto, o educador será capaz de traçar um bom perfil cognitivo de sua turma.
Variação:
Para turmas menores, o educador poderá colocar vários objetos organizados sobre uma mesa e informar que um deles é o item secreto. Na ausência de objetos físicos, ilustrações poderão ser utilizadas.
Jogo da Memória Enigmático:
Neste jogo, o objetivo ainda é a formação dos tradicionais pares. Mas não serão entre duas ilustrações semelhantes. Os pares serão formados por uma ilustração e um enigma textual que a descreva. O aluno aprenderá brincando sobre Organização, Lógica, Memória visual, Atenção, Concatenação de ideias, Resolução de problemas, Conhecimentos gerais, Socialização e outros.
Regras e Desenvolvimento:
Poderá ser realizado individualmente ou em grupos. Sobre uma superfície plana serão distribuídos vários cartões cujo verso tenha uma mesma aparência. A parte ilustrada ou escrita ficará oculta dos participantes. E cada jogador ou representante do grupo, de modo intercalado, irá descobrindo dois cartões por vez.
Caso consiga formar um par entre a ilustração e sua respectiva descrição codificada terá a chance de fazer uma nova tentativa. Vence quem conseguir associar um maior número de ilustrações aos respectivos textos enigmáticos que as identificam.
Variação:
Ao invés de uma ilustração associada a um texto enigmático, desejando o educador exigir um pouco mais dos seus alunos, poderá criar cartões com dois textos enigmáticos que se complementam.
Jogo de Damas Alternativo, ou Viagem através do Conhecimento:
Jogado com um tabuleiro semelhante ao Jogo de Damas tradicional. O objetivo do jogo é, partindo de um ponto inicial que é a primeira casa do canto superior esquerdo, o jogador deverá alcançar a casa localizada no canto inferior direito, conforme mostra a ilustração(1). O aluno aprenderá brincando sobre Organização, planejamento, Conhecimentos gerais, Estratégia, Atenção, Concatenação de ideias, Socialização, e outros.
Figura 1
Regras e Desenvolvimento:
O educador irá confeccionar pequenos cartões em cujo verso escreverá uma pergunta de conhecimentos gerais. As perguntas poderão ser organizadas por temas, tais como: objetos da casa, regras de gramática, vocabulário, conhecimentos gerais, eventos históricos, operações matemáticas, enigmas lógicos, línguas e outros. Poderá ser jogado individualmente ou em grupos de três ou mais alunos. Cada jogador terá uma ficha com uma cor que o identifica.
Em seguida, ao jogador identificado pela ficha colocada inicialmente na primeira casa do canto superior esquerdo do tabuleiro (vide figura acima), será feita uma pergunta que foi retirada de modo aleatório de uma caixa ou saco onde estão os cartões. Para facilitar a resposta entre as classes de menor faixa etária, o educador poderá dar pistas de acordo com sua própria avaliação.
Caso o jogador acerte a questão poderá pular para a casa seguinte, mas tomando sempre a direção do objetivo localizado na última casa do canto inferior direito do tabuleiro. Se errar, permanece na casa onde está posicionado e cede sua vez a outro participante, e a questão poderá ser repetida. Vence o jogador ou grupo que alcançar primeiro o ponto indicado por um “X” no canto inferior direito do tabuleiro.
Variação 1:
Pode-se incrementar uma pequena roleta numerada, cujos números estejam associados a cartões também numerados com as respectivas questões..
Variação 2:
O educador pode instituir níveis de dificuldade, tomando como base a quantidade ou ausência de pistas; ou ainda pelo grau de complexidade das questões.
Conclusão:
Atividades tradicionais, mesmo que inicialmente não tenham uma proposta cognitiva de valor, com um pouco de adaptação, poderão ser transformadas em verdadeiros compêndios didáticos. As variações são ilimitadas, desde que o educador tenha a devida coragem para explorar novos métodos, formas e caminhos.
Com um pouco de criatividade, o educador poderá transformar sua prática docente diária em um verdadeiro encontro de amigos, um ponto de confraternização que os alunos irão frequentar sempre motivados e com prazer. Esta abordagem poderá tornar seu magistério diário mais agradável de ser conduzido e frequentado, e mais proveitoso para todos.
Alberto Filho - albfilho@gmail.com
É pesquisador pedagógico e orientador em educação infantil e adulta, inclusive da terceira idade, com especialização em Educação Integral e Holística. É também desenvolverdor de Softwares Educativos, Ilustrador e Escritor de Contos Infantis, Juvenis e Adultos.
O autor não possui Website ou Blog pessoal.