Autor: Alberto Grimm[1]
Conteúdo Atualizado: 28 de Novembro de 2023
Nestas horas, a harmonia no convívio está ameaçada por uma legião de indivíduos ou zumbis funcionais, que absolutamente desconhecem o significado do termo "Política da boa Vizinhança..."
"Parece que, muitas vezes, não deixamos em casa nossos piores hábitos e acabamos por levá-los para o ambiente de trabalho como se fossem agradáveis e adoráveis Bichinhos de Estimação..."
De acordo com um estudo recente feito pela Samsung Electronics, uma corporação gigante no ramo dos produtos eletrônicos, os hábitos irritantes de alguns funcionários dominam uma lista das coisas que mais estressam os trabalhadores durante seu convívio com colegas em ambientes coletivos de trabalho. Em segundo lugar estão os problemas relacionados aos computadores, tecnologias e acessórios eletrônicos, novas rotinas de trabalho, assim como a implementação de novos procedimentos que mudam à rotina.
Mas a pesquisa também pontuou alguns destes hábitos capazes de provocar irritação e indisposição entre os membros da equipe. Por exemplo, colegas que falam alto, toques inconvenientes no celular e consumo de alimentos com cheiro forte dentro do ambiente de trabalho, são os campeões de queixas, especialmente em locais fechados.
Uma coisa é certa, e embora seja improvável que venhamos a nos dar bem com todos nossos colegas de trabalho, existem hábitos simples que poderão ser adotados, de modo a assegurar que não sejamos um destes protagonistas ou fontes de indisposições e fator de desequilíbrio dentro daquele ambiente.
Decidir como abordar a questão se resume a uma simples pergunta: Este tipo de comportamento, de fato, afeta de maneira significativa seu desempenho no trabalho? Muitos dos hábitos relacionados abaixo costumam afetar o rendimento e desenvolvimento das tarefas do dia a dia, por isso, não se acanhe e converse com seu colega de uma maneira amigável. Pergunte se ele ou ela é capaz de parar, mudar este gesto, ou ação incômoda específica.
E como se falar alto não fosse o bastante, o seu colega coloca o telefone no viva-voz e começa a digitar os números, de modo que todos os demais dentro do escritório apreciem o barulho das teclas em alto e bom tom, durante o processo de discagem.
E o pior de tudo é que, quanto mais se rejeita este tipo de "música chiclete", mais ela teima em se instalar dentro da sua cabeça, e ali ficará reverberando por horas, numa espécie de loop infinito, à revelia da sua vontade e de suas preces mais fortes. Inútil é resistir, nem adianta tentar. Neste momento, talvez por uma falha nas engrenagens do seu cérebro, ele parece "entender" que você deseja ouvir e repetir mentalmente aquele verdadeiro hino em reverência ao mau gosto, ao invés de ignorá-lo.
E como se não bastasse, ele ainda, talvez tomado por um sentimento de limpeza que não faz parte dos seus hábitos, coloca os restos na lixeira sob sua mesa de trabalho, deixando o escritório com aquele cheiro de chiqueiro, local onde ele provavelmente se sentiria em casa. Pior de tudo é que aquele tipo de odor, muitas vezes, nem a faxina resolve. E aquele "aroma" que certamente faria a alegria dos ratos e baratas dos monturos, ali permanecerá, com um pouco de sorte, só até o fim do expediente.
Outra característica peculiar dos devedores crônicos, e esta deve ser levada mais a sério, é a grande dificuldade em saldar suas dívidas com os credores. E não raramente, os credores passarão a ser evitados, e algumas vezes serão eleitos, pelos próprios devedores, como desafetos.
Alguns, de tão habituados a fazer empréstimos, guardam o seu para gastar o dos outros, desprezando completamente as necessidades alheias. É bom ficar atento, uma vez que, por se tratar de um assunto sério, algumas empresas estão de olho nos adeptos desta prática de amigo da onça, e tão logo sejam identificados, os despacharão para o limbo sem muita conversa.
E embora todos estejam ali com a obrigação de prestar serviços ao seu empregador, a fofoca parece ser uma parte integrante de todos os ambientes coletivos de trabalho. E algumas pessoas até são procuradas pelos demais como fonte “confiáveis” de informações, uma vez que com o tempo, acabam se tornando "respeitadas", verdadeiras autoridades com direito a certificado e tudo mais, no assunto.
Se você é algum dos que gostam de fofocar e bisbilhotar a vida dos outros, a melhor atitude é ignorar as fraquezas dos colegas e manter alguns segredos para si mesmo. Lembrando sempre de que, você não está fora do alcance daquelas dezenas de línguas e ouvidos que passam as horas em busca de novos e "quentes" assuntos para "animar o dia". a vantagem de quem fala pouco é que, dificilmente irá se meter nas confusões e embaraços geralmente causados pelas fofocas e sua fiel e atuante legião de adeptos.
Você é um deles? Talvez deva considerar o fato de aprender a controlar o hábito, antes que parem você.
E embora as causas pareçam as mesmas, sempre serão realçadas por ocorrências fantásticas, além do senso comum ou da mais criativa imaginação, mas totalmente de acordo com o repertório sempre atualizado de desculpas dos velhacos e canastrões profissionais.
E tais criaturas inimigas do bom senso, parecem apreciar quando se apercebem que você, como uma figura patética e desorientada, vagueia a esmo, de mesa em mesa, em busca do seu tesouro perdido. Também não é raro que, alheios a tudo isso, ignorem sua aflição.
E por isso mesmo, Você sabe exatamente o que eles estão ouvindo, e ainda se vê obrigado a conviver com aquele "gosto musical" discutível. E como se não bastasse o som que emana dos fones de ouvido, há ainda o acompanhamento do colega percussionista, que insiste em tamborilar com as canetas ou dedos no ritmo da música, sem contar que, algumas vezes, como que tomados por uma espécie de espírito de um fantasma cantor, com sua maviosa e prodigiosa voz, resolvem dublar sussurando o que estão ouvindo.
Nestas horas, mais uma vez, o mais sensato é levantar e ir dar uma voltinha, tomar uma água, lavar o rosto, e tudo isso para não dar vazão ao seu instinto irracional primário, cujo desejo é pegar aquele aparelho e arremessá-lo com toda força contra a parede mais próxima.
O pior de tudo é que, estes espíritos, verdadeiros representantes de entidades inimigas do bom senso, nunca se colocam na posição de alguém capaz de contaminar os outros com sua colônia de micro-organismos e germes, ávidos por encontrar novos hospedeiros. E completamente alheios a todas as regras do bom senso, aqueles colegas, na verdade Amigos da Onça, silenciosamente, parecem dizer a todos: "As Excreções dos outros são nocivas, entretanto, as minhas, definitivamente, por uma espécie de capricho da natureza, são assépticas, limpas; de fato, nem deveriam se chamar "excreções..."
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Alberto J. Grimm - albertogrimm@gmail.com
Antropólogo, Publicitário e Escritor. Especialista em Psicologia do Trabalho e Relações Humanas. É também pesquisador e Consultor em Recursos Humanos, Treinamento e Seleção, Requalificação Profissional, Educação Integral e Holística.
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