Tudo que você precisa saber e fazer para aprender de maneira criativa e inteligente a partir dos Erros Cometidos
Autores: Jon Talber e Alberto Filho[1] Conteúdo Atualizado: 15 de Julho de 2024
Neste artigo os autores examinam como podemos aprender com nossas limitações, remodelar nosso comportamento e potencializar nossa cognição a partir dos Erros Cometidos, Exemplos Recebidos e Acertos Construídos.
"Os erros não intencionais, quando bem compreendidos, depois de descartados, tornam-se os alicerces sobre os quais nossos melhores acertos são construídos...”
"Descobrir nossos pontos falhos e reciclá-los periodicamente, isso pode ser considerado um dos mais evidentes sinais de Inteligência, Lucidez e progresso Consciencial..."
Observação Importante: Quando usamos a Expressão "Os Pais", estamos nos referindo aos dois Gêneros, e não apenas ao Gênero Masculino.
“Quando descobrimos que um atalho nem sempre serve para encurtar nosso caminho, descobrimos também que o problema não está na distância entre os dois pontos, e sim na qualidade do destino que pretendemos alcançar...”
Então, Afinal de contas, o Que Podemos Aprender com os Erros já Cometidos?
Aprender com os próprios erros é mais simples na retórica do discurso que na prática, no dia a dia, vivendo a vida. Ocorre que isso não se aprende por meio do método acadêmico tradicional, e sim de maneira informal, muitas vezes de modo involuntário, na escola da vida, a custo de muita frustração, tropeços, prejuízos e sofrimento. Talvez se de um mínino sobre todas estas coisas tivéssemos prévio conhecimento, muito tempo e problemas poderiam ser evitados, ou corrigidos a tempo.
Eis, portanto, 23 dicas, sugestões ou conselhos, que poderão servir de aporte para nos orientar, ao longo da vida, na condução e tratamento dos nossos erros e acertos.
Descobrir nossos pontos falhos e reciclá-los periodicamente, isso pode ser considerado um dos mais evidentes sinais de Inteligência e Progresso Consciencial.
Para nós, um acerto é toda aquela ação cuja proposta inicial tenha como motivo uma promessa de ganho, satisfação ou beneficio, e cujo desfecho, de maneira indireta ou direta, seja capaz de nos favorecer.
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Nesse caso, embora os benefícios a terceiros possam ocorrer, serão considerados efeitos secundários ou inesperados. Poderão ainda servir como justificativa mascarada de altruísmo ouassistencialismo. E nesse último caso, poderão ser usados para esconder a verdadeira intenção do autor que, quase sempre, como regra geral, é o Autofavorecimento.
No entanto, alcançar este nível de lucidez, ter consciência de nossa verdadeira intenção quando nos propomos a praticar aquele gesto que chamamos de boa ação ou assistencialismo, isso, definitivamente, não é uma coisa comum. Fomos condicionados a adotar a postura universal do “dar para receber”. Trata-se de um preceito que faz parte dos livros sacros, das doutrinas sectárias e ideologias altruístas, uma tradição parte integrante da realidade da maioria dos biomas sociais do mundo.
O Condicionamento é sempre um processo involuntário. No papel de crianças não temos arbítrio para escolher o modelo de instrução que desfila diante dos nossos olhos, entra pelos nossos olhos, ouvidos, ou interage com nosso corpo sensorial. Depois de crescidos, como adultos, diante das variáveis que configuram e dão forma ao nosso mundo, com um mínimo de atenção, já somos capazes de perceber este fato. Mas, perceber é uma coisa, já reconhecer o fato como um dos nossos mais dramáticos Gargalos existenciais, isso não parece algo tão simples.
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Se um homem no papel de uma figura ilustre foi considerado um notável sábio no passado e no presente nos propomos a repetir seus ensinamentos, o fato dele ignorar que estava equivocado poderia servir de justificativa para repetirmos seus erros isentando-nos de culpa?
Aprendendo a enxergar com olhar imparcial a verdadeira raiz do problema, sem retóricas ou hipocrisia...
Todo aprendiz deve contemplar sempre os dois aspectos existentes por trás de cada efeito, assim como os dois que estão por trás de cada causa. Uma causa é sempre um motivo que conduz a um resultado. E por trás de cada resultado há pelo menos um efeito visível e outro oculto. O efeito imediato, por ser perceptível, pode ser mensurado imediatamente. Já o outro, poderá ocorrer longe dos nossos olhos, e até mesmo fora do escopo dos nossos planos iniciais.
É como o efeito esperado de uma medicação. Não importa qual seja a expectativa do paciente em relação ao seu plano de ação, mas, no entanto, durante este processo, ele se desdobrará em pelo menos dois resultados: Um esperado e outro não. Chamamos a isso de efeito colateral ou reação adversa.
Um erro involuntário é sempre resultado de uma tentativa de acerto. E existe o erro intencional e o involuntário. O segundo pode ocorrer por falta de habilidade, inexperiência, imaturidade, ou mesmo por ignorância. Por sua vez, a ignorância pode ser involuntária ou deliberada.
E mesmo o erro intencional, onde o autor nada aprende, poderá vir a servir como fonte de referência ou ensinamento para outro indivíduo, desde que o exemplo seja usado como instrumento cognitivo, e sempre com a intenção de ilustrar o seu óbvio efeito negativo. E embora o gesto negativo possa vir a servir de exemplo para consolidar um aprendizado, o próprio gesto, não precisa ser repetido.
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O erro que faculta o Autoaprendizado é sempre aquele de natureza não voluntária ou ostensiva. No erro intencional, o autor não pode se beneficiar, uma vez que, em momento algum, ele considera aquele gesto de má intenção ou postura negativa como um erro ou equívoco.
Poderá até conhecer as consequências e estar ciente da natureza negativa do ato, e mesmo sabendo que não está de acordo com as normas sociais e éticas daquela mesologia, é incapaz de reconhecer a insensatez do seu gesto. Seu Ego é doente, e além de indiferente à dor alheia, tende a se colocar como vítima, e sempre terá uma ou mais desculpas para justificar sua falta de bom senso ou gesto maledicente. Assim, não acolhendo aquilo como uma falha pessoal, segundo seu ponto de vista, não há o que corrigir.
Uma tentativa de acerto tem sempre um resultado semelhante ao da remoção da borda pontiaguda de uma pedra bruta que foi polida. Trata-se de mais uma aresta que foi descartada; um menos que significa mais. E se um erro tende a evoluir para um acerto, um acerto não pode servir de justificativa para um erro. Um erro a partir de um acerto é semelhante ao paciente que apesar de não estar doente, decide tomar um remédio apenas para sentir seus efeitos colaterais.
Ao não se tratar um erro como um excesso, a solução do problema fica mais distante. O excesso é a sobra ou a coisa inútil que impede o bom uso ou funcionamento adequado de algo que poderia se tornar útil.
Quando se considera o erro como um caminho para o acerto, temos a real chance de encontrar em nossas falhas os alicerces necessários a sua futura correção. Uma coisa é certa: Todas as tentativas falhas que antecedem a construção de qualquer coisa, tudo isso representa a base, alicerce ou lastro, onde será edificada a solução do problema.
Sem esse repertório de erros, o acerto não teria como se sustentar. Assim, os erros são partes integrantes e inseparáveis dos acertos. Por isso se chama acerto, uma vez que dentro dele estão contidas todas as variações ou incorreções que deverão ser evitadas para que então seja capaz de existir e se consolidar.
Imagine uma vacina viral, que é construída a partir da essência da causa da patologia, e ainda assim serve de cura. Assim, a causa cujo efeito natural seria a manifestação da doença, agora pode ser usada para anular este efeito negativo. A incompatibilidade do vírus em relação ao ser humano pode ser considerada um erro, que depois de corrigido, finalmente servirá como solução.
Aprender com os Erros é o Acerto mais qualificado que um Homem pode experimentar em vida...
Um traço fraco de nossa personalidade, não importa se intencional ou não, pode ser considerado uma falha, portanto, um erro. Por sua vez, um traço forte nunca poderia se construir sobre si mesmo. O simples fato de ganhar o status de forte, por definição, indica que nasceu fraco ou insuficiente, e com o tempo se reciclou; se potencializou. Não existe a natividade reversa, onde se nasce de mais para se tornar de menos. A natividade sempre começa de menos e representa a origem ou matriz de um mínimo com potencial para se tornar um máximo.
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A fraqueza não é um erro, apenas uma deficiência que pode ser corrigida ou não. Fraqueza indica carência, falta, deficiência, o caminho natural, portanto, para sua erradicação. Só o fraco pode se tornar forte, enquanto que o forte se torna ainda mais forte.
Ao reconhecer nossos erros podemos construir acertos. Um erro não reconhecido servirá como um sólido reduto para o acolhimento de mais erros. É a água contaminada causadora de doenças, e que enquanto não for tratada, não poderá servir de cura. E nessa condição, se tornará um excelente agente para a proliferação de inúmeras patologias.
E há duas classes de indivíduos: aqueles que são capazes de reconhecer os próprios erros, e aqueles que os ignoram. No primeiro caso, de nada serve reconhecer a contaminação e continuar bebendo a mesma água. No segundo caso, é preciso tratar primeiro a ignorância, e só depois dar o passo seguinte.
No primeiro caso, ao enxergar que, além de suja, aquela água é a responsável pela doença, o processo de cura já está em andamento. No segundo caso, ao perceber-se ignorante e desejando mudar, terá a possibilidade de enxergar onde está o problema, um caminho natural para o acerto. No entanto, constatado o problema, ainda assim, o conserto só ocorrerá se aquilo for considerado um mal. A erradicação da ignorância nunca ocorre sem o desejo enfático por mudanças.
Aprender a partir dos erros faculta a potencialização dos acertos ou virtudes. Corrigir os traços fracos, requalificar os traços fortes, eis o primeiro indício de inteligência e de uma auto-organização que poderá nos conduzir ao Autoesclarecimento Consciencial. Ciente de que é capaz de errar, o homem se torna mais consciente dos seus limites, mais atento e responsável na consecução e qualidade de seus atos e obras.
Jon Talber - jontalber@gmail.com
É Pedagogo, Pesquisador, Antropólogo e autor especializado em Educação Integral e Holística.
O autor não possui Website, Blog ou Página pessoal em nenhuma Rede Social.
Alberto Filho - albfilho@gmail.com
É orientador e Consultor em educação infantil e adulta, inclusive da terceira idade, com especialização em Educação Integral e Holística. É também ilustrador e escritor de Contos infantis, Juvenis e Adultos.
O autor não possui Website ou Blog pessoal.