8 características secretas do processo Vocacional que a maioria das pessoas simplesmente Ignora
Autores: Jon Talber e Alberto Filho[1] Atualizado: 15 de Julho de 2024
No Artigo os autores revelam 8 Segredos sobre a descoberta da Vocação que todos, especialmente pais, educadores e estudantes, têm a obrigação de conhecer.
"A descoberta da Vocação Pessoal deveria ser uma das mais importantes pautas dentro da pedagogia tradicional, tanto dentro de casa, quanto nas escolas, e jamais um evento raro patrocinado pelo mais absoluto acaso...”
"Não existe Autorrealização sem a descoberta da Vocação..."
Observação Importante: Quando usamos a Expressão "Os Pais", estamos nos referindo aos dois Gêneros, e não apenas ao Gênero Masculino.
"Para o homem cuja profissão está alinhada com a sua vocação, difícil mesmo é saber diferenciar uma atividade recreativa da tarefa profissional..."
Introdução...
Como na escola o status Vocação é tratado quase como uma heresia, para aqueles que de fato estão interessados em aprender mais sobre este valioso atributo, alguns aspectos poderão ser avaliados aqui neste artigo. Na verdade são perguntas e respostas compiladas a partir de muitas entrevistas com pessoas que também estavam interessadas em descobrir a própria Vocação. Ao final, o leitor deverá ficar à vontade para examinar tudo de perto, e se desejar, ampliar o escopo do seu conhecimento com mais pesquisas sobre o assunto e assim tirar suas próprias conclusões.
A partir da assimilação deste novo acervo cognitivo, com o tempo, talvez se torne capaz de chegar a uma condição pessoal que o permita, quem sabe, descobrir qual é a sua própria Vocação. Boa leitura.
1. Afinal de contas, o que vem a ser a Vocação ou o Estado Vocacional?
A Vocação é aquela qualidade que permite ao indivíduo fazer uso pleno da sua inteligência com singular criatividade no exercício de uma atividade. Sem a vocação, apenas cerca de um quinto deste potencial vem à tona. E surge um homem que rende um quinto da sua capacidade, usando um quinto do seu cérebro. Logo, teremos um resultado com um quinto da qualidade que deveria ter.
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Vocação vem a ser um estado existencial, pessoal e intransferível, onde o indivíduo não apenas está consciente das predisposições inatas que mais se ajustam e se alinham ao seu perfil, como também claramente se identifica com elas. Desse modo, caso aquela inclinação venha a se transformar em uma profissão, esta será uma aliada das mais importantes para sua realização pessoal plena.
Um indivíduo motivado pela força da vocação não tem no trabalho uma obrigação, muito menos um compromisso social necessário, e sim, um permanente e renovado sentimento de realização profissional e pessoal.
Motivo pelo qual é sempre mais criativo e produtivo, e tem no exercício do seu ofício um momento repleto de desafios que mais se assemelham às oficinas lúdicas de requalificação ou reciclagem pessoal, a exemplo de uma criança diante do seu primeiro brinquedo. E por força deste atributo, se torna disciplinado, organizado, autoconfiante, empreendedor. Vê na inovação útil e produtiva uma evidência de progresso e nunca uma ameaça de retrocesso.
2. E qual é a melhor época para a descoberta ou potencialização da vocação?
Para a descoberta, a infância é a melhor época, mas não a única. Mas são raros os casos, uma vez que a criança, por conta própria, não tem autonomia para determinar quais são suas preferências, motivo pelo qual, por força das circunstâncias, acabará por ceder a outras influências, especialmente dos pais.
Para potencializar uma vocação o protagonista precisa estar consciente, em primeiro lugar, dos seus limites; em segundo, de suas verdadeiras inclinações. Quando jovem ou adulto, a descoberta pode ocorrer, mas não com a mesma facilidade da infância ou puberdade. Isso ocorre porque após estes estágios etários os jovens ou adultos já foram contaminados pelas influências da mesologia, e isso irá mascarar suas predisposições inatas levando-os a cometer equívocos. Razão pela qual, condicionados pelas circunstâncias, se verão forçados a escolher caminhos diferentes ou alternativos, criando acomodação ou hábito, o que na maioria das vezes, será confundido com vocação.
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3. Ao descobrir e seguir a verdadeira vocação no exercício de uma profissão, isso é uma garantia de que terei êxito profissional e financeiro?
Nem sempre. Realização vocacional é uma coisa; a financeira outra. Muitas vezes o sucesso profissional, mesmo que seja por vocação, não significa também o financeiro. Lembre-se, o profissional por vocação, é mais produtivo e a excelência do seu trabalho é inquestionável. Ocorre que, algumas vezes, o ramo de atividade exercida pode não ser o mais rentável. Ainda assim, o profissional que realiza seu trabalho por vocação, jamais se sentirá frustrado por conta disso..
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4. Como posso saber se minha atividade profissional atual é vocacional ou uma simples consequência motivada pelas circunstâncias?
Algumas vezes, embora seja um evento raro, a descoberta da verdadeira vocação ocorre por acaso. Este acaso pode ter como gatilho uma motivação inesperada ou acidental. Outras vezes, pode acontecer durante a leitura de um livro, apreciação de um filme, ou mesmo numa conversa informal. Em qualquer destes casos, haverá sempre um período de maturação, onde, pelo exercício daquela atividade, o indivíduo irá descobrir se não é uma simples compulsão passageira patrocinada por modismos, ocorrência comocional, sugestões ou outros..
5. Depois de descoberta, qual a melhor forma de potencializar uma vocação?
Lembre-se sempre de que, não existe exercício vocacional sem o respectivo indivíduo. Isso significa afirmar que a qualidade do estado emocional e psicológico desse mesmo indivíduo são partes inseparáveis deste processo.
Ou seja, descobrir quais são os traços comportamentais falhos, assim como ter consciência dos fortes, são condições imprescindíveis. A eliminação ou ajuste das falhas qualifica a cognição, e nesse caso, estar consciente dos traços fortes, reduz dramaticamente o tempo dessa reciclagem.
Corrigidas as falhas ou carências pessoais, o caminho para a potencialização da vocação ocorrerá com mais naturalidade, mas nunca sem esforço. O esforço pessoal é uma condição inegociável, e sem ele, além da vocação não resistir às forças contrárias prescritas pela mesologia, jamais ganhará a qualidade necessária ao seu pleno exercício.
6. Qual a diferença entre a criatividade tradicional e aquela que aflora a partir da vocação?
A resolução de problemas, dentro da atual pedagogia, se tornou o principal objetivo existencial do homem. E a existência destes mesmos problemas é uma evidência incontestável de que há um crônico estado de carência Consciencial em todos os nichos de uma sociedade que é claramente patológica. E há também os conflitos emocionais, ou nos relacionamentos, sem contar as intermináveis divergências humanas, que como pragas virais mutantes, parecem resistir ao tempo.
No modo tradicional, os problemas corriqueiros ou mais complexos, sempre são tratados segundo protocolos ou gabaritos já homologados pelo sistema com respostas prontas, emendas ou costuras mal feitas, onde a erradicação de problemas nunca foi ou será um objetivo ou uma prioridade. E cada intervenção mais se assemelha a aplicações de curativos já contaminados, que além de não erradicar a doença, ainda agravam o estado de saúde do paciente.
No modo criativo, aquele motivado pelo exercício da vocação, os problemas são eliminados definitivamente da pauta do portador. No entanto, não são raros os casos onde uma mesma resposta criativa aplicada a um problema pessoal, acaba por beneficiar toda uma comunidade ou nação. Lembre-se, nesse caso, não se trata mais de um remendo, e sim uma solução; um ato cirúrgico, definitivo, radical.
7. Qual deveria ser o papel da escola na descoberta da nossa vocação?
De fato, a descoberta da vocação deveria ser uma disciplina curricular como outra qualquer; talvez a mais importante dentro da proposta pedagógica tradicional. Imagine que nossa realização profissional ou pessoal dependa desta descoberta. Por que não se investe seriamente neste processo cognitivo, este é um verdadeiro mistério social.
Mas, talvez a resposta esteja na incompetência, tanto das instituições, quanto dos educadores, uma vez que em sua maioria não exercem seu magistério por vocação, logo, conhecem muito pouco, ou nada, a respeito do assunto, ou mesmo da vida, embora sejam catedráticos na dissecação de teorias acadêmicas.
No entanto, a escola deveria ser o ambiente ideal< para a investigação deste importante atributo ou talento pessoal. Afinal de contas, voluntariamente ou não, todos os dias, lá estarão os alunos à disposição dos docentes, uma vez que a sala de aula, teoricamente, seria o local apropriado para o estudo e exploração dos processos idiossincrásicos e cognitivos, embora saibamos que não é.
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8. Qual o papel dos pais na descoberta ou Potencialização de nossa Vocação?
Pela lógica, deveriam ser os maiores incentivadores, se tivessem olhos para mais alguém além de si mesmos. E além de não saberem do se trata, estão atarefados demais com assuntos pessoais, e estudar a predisposição inata dos filhos é um item que sequer faz parte das suas prioridades secundárias. Por isso, quando sabem do que se trata, sempre terceirizam a tarefa, ou a delegam ao acaso.
Mas, caso tivessem interesse, poderiam começar estudando por que as crianças têm preferências por algumas atividades e rejeitam outras. A descoberta da vocação é um exercício diário de motivação, quando reforçamos os interesses autênticos dos nossos filhos com esclarecimentos, e acima de tudo, com aporte afetivo, material e psicológico.
E ao invés de repreender a criança nos casos onde ela se opõe a aceitação de nossas preferências e predileções, reforçaríamos sua Autoestima e Autodidatismo, deixando-a livre para criar vínculos mais consistentes com suas próprias inclinações. Mas sempre acompanhando tudo de perto para evitar os excessos, desvios, acidentes de percurso, ou a indesejável infiltração de hábitos patológicos vindos de fora.
Jon Talber - jontalber@gmail.com
É Pedagogo, Pesquisador, Antropólogo e autor especializado em Educação Integral e Holística. O autor não possui Website, Blog ou Página pessoal em nenhuma Rede Social.
Alberto Filho - albfilho@gmail.com
É orientador e Consultor em educação infantil e adulta, inclusive da terceira idade, com especialização em Educação Integral e Holística. É também ilustrador e escritor de Contos infantis, Juvenis e Adultos.
O autor não possui Website ou Blog pessoal.