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Contos Reflexivos - A Parábola do Problema que era Proibido Resolver

Autor: Alberto Grimm[1]
Atualizado: 21 de Maio de 2022

“Parece que nossas instituições sociais, políticas e demais Organizações que ora se intitulam humanitárias ou altruístas, se especializaram na arte da criação de problemas insolúveis, de modo a garantir sua própria sobrevivência...”

Contos Reflexivos - A Parábola do Problema que era Proibido Resolver

"Quando uma corporação com fins lucrativos se empenha em resolver um problema humano, por regra, já faz parte do projeto encontrar uma solução cujo resultado seja capaz de transformar esse problema em outros possíveis de aumentar seu lucro..."

Ocorre que, com o aumento da oferta dos Alimentos Orgânicos, verificou-se que estes estavam mais contaminados com defensivos químicos que aquelas variedades cultivadas ao modo tradicional, aquelas já conhecidas pela sua toxidade.

Isso acontecia porque, os agricultores, tanto os inescrupulosos por vocação quanto os indecentes por oportunismo, de olho gordo naquela fatia de mercado que crescia sem parar, onde, aquela classe de produtos era ofertada até pelo dobro do preço das variedades comuns, resolveram também participar do negócio.

E como não existiam entidades ou laboratórios especializados em classificar, regulamentar ou homologar os vegetais como Orgânicos Autênticos, bastava colar um selinho qualquer em cima do produto, vestir uma roupa rústica de modo a caracterizar o vendedor como agricultor artesanal, e estava feito. Resultado: Os consumidores eram enganados e o lucro dos embusteiros estava garantido, não importando a qualidade ou origem dos alimentos colocados à venda.

E logo a onda se espalhou, tomou conta de tudo. E não mais existiam, pelo menos na fachada, os alimentos tradicionais, quer dizer, aqueles de natureza Transgênica ou classificados como não Orgânicos. E nas gôndolas dos supermercados, assim como nas feiras livres especializadas, ou mesmo nas comuns, tudo era vendido como se fora Orgânico. O caso se tornou um problema de saúde pública, uma vez que os consumidores, confiando na pureza das hortaliças, frutas e verduras, deixavam de lado o antigo hábito do processo de descontaminação ou higienização rigorosa. Era uma precaução existente no tempo em que tinham certeza de que não estavam levando para casa as Variedades Orgânicas, produtos considerados limpos, que, em parte, dispensavam esses rigorosos e paranóicos cuidados.

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Uma população doente e um grande prejuízo à nação foi o que restou ao fim do movimento dos falsos Orgânicos, como aquilo ficou conhecido. E para assegurar que aquela prática espúria seria banida para sempre daquela civilização, a comercialização de qualquer tipo de alimento rotulado como orgânico foi proibida, pelo menos até que aquele grupo de biólogos e botânicos, de uma notória entidade privada contratada pelo governo central, apresentasse uma solução definitiva para o problema.

Assim, durante a pesquisa, por uma extraordinária casualidade, fizeram uma descoberta surpreendente. Na tentativa de criar um composto natural capaz de aumentar a resistência dos vegetais contras pragas, mas sem alterar sua estrutura genética, acabaram por tropeçar naquilo que, para os alquimistas, poderia ser considerado como a descoberta da mitológica Pedra Filosofal[2].

Não se tratava de uma analogia, uma vez que a descoberta ilustrava de maneira singular, este conceito. E se no passado remoto os alquimistas e magos buscavam uma fórmula mágica capaz de transformar qualquer tipo de metal em ouro, naquele dia, dentro daquele centro de pesquisas, eles criaram o protótipo de uma poção natural que, além de não contaminar os alimentos ou modificar sua estrutura molecular, era capaz de erradicar, com apenas uma aplicação a cada plantio, todas as pragas vegetais conhecidas do planeta.

Beliscaram-se entre si na tentativa de descobrir se aquilo não passava de um sonho ou delírio alucinógeno coletivo provocado por alguma substância química inalada involuntariamente em alguma etapa do processo. E não era apenas isso, uma vez que exames complementares atestavam que, além de saudáveis, os alimentos se tornariam mais nutritivos, menos pesados para o organismo, especialmente na hora da metabolização e consequente absorção enzimática. Puderam então comprovar que eram alimentos amigos da flora intestinal, um remédio natural para todos os males, na forma de vegetais.

Vegetais resistentes às pragas ambientais, capazes de sintetizar nutrientes essenciais mesmo em biomas degradados ou solos esgotados, uma janela aberta para inúmeras possibilidades; um alento favorável para o futuro daquela civilização que, até aquele momento, não parecia tão promissor.

Euforia total entre eles. E enquanto aguardavam o arrefecimento do efeito inebriante daquele êxtase coletivo, tiveram a ideia de testar um pouco mais, isso para eliminar eventuais falhas e prováveis efeitos secundários indesejáveis.

Mas, não existiam falhas ou efeitos colaterais; estava mais do que comprovado o sucesso da fórmula, uma revolução para o bem da humanidade. E o próximo passo seria apresentar os resultados aos seus superiores e os respectivos patrocinadores daquele estudo. No entanto, antes de demonstrar oficialmente o milagroso elixir resultante daquela alquimia, por questões de segurança ou prudência, com receio da concorrência ou de que pudesse cair em mãos erradas, decidiram não documentar por escrito nenhuma parte das combinações químicas do bem sucedido experimento.

Eis o motivo pelo qual levaram vários dias antes de agendar o dia da revelação aos seus benfeitores. Reservaram esse tempo para memorizar a exaustão todo processo, sem deixar nada de fora, nenhum vestígio ou sugestão, qualquer chave capaz de inspirar grupos concorrentes desleais e inescrupulosos a plagiar a fórmula.

“Prezado colaborador. Lembre-se sempre de que somos uma indústria com fins lucrativos. E isso quer dizer que, todos os nossos projetos, tudo sem exceção, têm apenas uma finalidade, ou seja, dinheiro; dinheiro e nada mais. Nossos laboratórios farmacêuticos e centros médicos de referência; nossas centrais de produtos químicos e alimentos transgênicos, tudo isso faz parte dessa cruzada financeira, que é a nossa única razão existencial...”, eis a frase afixada num quadro gigante com molduras de ouro, exposto no vão central do salão nobre, local onde a novidade seria apresentada ao comitê patrocinador do projeto.

“Uma só aplicação e adeus às pragas das hortaliças, verduras, frutas, grãos, raízes, caules e alimentos vegetais de todos os tipos...”, repetiu cabisbaixo e reflexivo o presidente da grande corporação, após escutar atentamente a exposição dos bem intencionados senhores da ciência.

“Agora imagine o senhor que somos a maior indústria do mundo na produção de defensivos agrícolas. Sem contar que nosso segmento farmacêutico é referência no fabrico de antialérgicos para remediar os efeitos dos pesticidas que saem de nossas fábricas e contaminam as plantações. E há também nossos centros médicos de referência que cuidam desses intoxicados; sem contar nossos centros de treinamento de especialistas em não resolver os problemas que nós criamos ou ajudamos a criar...”

“E com uma só dose desse elixir mágico, tudo isso iria por água abaixo. Na verdade, esperávamos dos senhores uma solução apenas paliativa, a exemplo dos remédios que não curam, e que, não por acaso, representam nosso ativo mais importante. Longe de querer ser indelicado e desmerecer o notável esforço da brilhante equipe, coloquem-se no meu lugar, o que os senhores fariam? Além disso, conversando aqui com meu amigo representante do governo, isso é preocupante, uma vez que uma população sem problemas é a mesma coisa que um político engolfado por um gigantesco poço com as areias movediças das adversidades a lhe asfixiar; na verdade, uma senhora pedra no sapato que irá comprometer dramaticamente sua reeleição e futuro político...”, completou o contemplativo e ilustre executivo.

Moral da História: “Do ponto de vista dos políticos, governantes e demais instituições autodenominadas de altruístas ou benfeitoras que dependem da existência do caos para sobreviver, um bom cidadão não parece ser aquele capaz de pensar numa solução definitiva para um problema social, mas, antes disso, aquele capaz de planejar um modo de criar mais problemas a partir de uma aparente e criativa solução...”

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[1] Alberto Grimm - albertogrimm@gmail.com
É Antropólogo, Publicitário e Escritor especializado em educação Holística e Consciencial. Os Contos Reflexivos são fábulas modernas, das quais sempre podemos extrair formidáveis lições de vida, que muito favorecem à reflexão.
O autor não possui Website, Blog ou página pessoal em nenhuma Rede Social.

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