"O verdadeiro mestre Educador não apenas se preocupa com seus alunos, ele também sabe o que preocupa cada um deles..."
Mãos à Obra – Criando um Jogo usando este Sistema ou Processo
Exemplo da criação de um Jogo simples, com todos os elementos apresentados presentes.
Vamos então simular a criação de um Jogo/Atividade, onde todos os elementos de um jogo estarão presentes, assim como um modo simples de aferir sua eficácia.
1. Nome do Jogo: Objeto Oculto ou Misterioso.
2. Tipo, Natureza ou Categoria do Jogo: Jogo de Tabuleiro
3. Material: O tabuleiro pode ser apenas marcado no chão com giz. Também poderá ser feito com cartolina, assim como os cartões. Os desenhos poderão ser recortes de revistas ou impressos criados pelo computador. Também poderão ser desenhados com canetas hidrográficas coloridas ou outras.
4. Ambiente: Ao ar livre, sala de aula, sala de reunião, estar, ou outro ambiente doméstico que se mostre adequado.
5. Descrição: Jogo composto por um tabuleiro quadrangular conforme modelo mostrado na Figura 1, onde serão colocados pequenos cartões quadrados com ilustrações. As ilustrações poderão ser substituídas por Cores variadas. As ilustrações também poderão ter motivos temáticos. Exemplo: Animais, Objetos da casa, Escola, Frutas, Alimentos, Meios de Transporte, etc. A quantidade de cartões poderá variar conforme a faixa etária dos participantes ou nível de dificuldade pretendido.
Figura 1
6. Número de participantes por vez: De 1 a 6. Poderá ser jogado aos pares. As Crianças maiores poderão jogar sozinhas. As menores deverão contar com o apoio do orientador.
7. Objetivo: O participante deverá descobrir por meio das pistas passadas pelo orientador qual a figura que foi removida do tabuleiro. O objetivo cognitivo é avaliar o nível de atenção e a qualidade da memória do jogador, assim como sua capacidade de compreender e seguir as pistas dadas.
8. Forma de Execução ou Desenvolvimento: As ilustrações em cartões serão colocadas sobre o tabuleiro com as faces viradas para cima, de modo que todos possam ver os desenhos. Pode-se iniciar com 4 quadrados e ir aumentando de número à medida que o nível de dificuldade do jogo aumenta. O orientador então pedirá para que todos fechem os olhos enquanto ele remove uma das figuras. A seguir dará as Pistas[2]. Por exemplo, sendo a figura de um carro, o orientador poderá dizer: "Este objeto ou coisa serve para transportar pessoas". Desejando incrementar as pistas, ele poderá dizer: "É uma coisa que polui as cidades, usa gasolina, tem duas, três ou quatro rodas", e assim por diante.
9. Variações: Ao invés de retirar uma figura, poderá acrescentar outra que não estava presente antes. Também pode solicitar que uma ou mais crianças escolha uma figura e elas se encarregarão de fornecer as Pistas para que o orientador a descubra. Isso certamente vai aumentar o nível de interesse de todos pelo jogo, tornando os participantes mais confiantes e integrados com a brincadeira. Poderá ainda o educador, através de Pistas, pedir para que elas descubram sobre qual figura ele está falando, sem que a mesma seja retirada do tabuleiro. Nesse caso, as pistas poderão ser progressivas. Por exemplo, ele fará um comentário, referindo-se a uma bola: “Não é um objeto quadrado...”. Depois poderá ir acrescentando mais informações: “também não é um triângulo; é vazia por dentro; pode ser de plástico ou de couro; tem ar dentro; é usada em modalidades esportivas...”, e assim por diante.
10. Benefícios esperados com a atividade: Desenvolver o nível de Atenção e Concentração, Observação, Discriminação Visual, Organização, Construção e qualificação da Memória, Capacidade Lógica e Dedutiva, etc. Com o despertar da Atenção a criança se torna mais confiante e segura dos seus atos. A prática da Lógica vai lhe proporcionar a habilidade necessária para que se torne capaz de concatenar ideias e resolver problemas complexos. Como podemos ver, os benefícios são muitos, mesmo em se tratando de uma Atividade incrivelmente simples.
11. Modo/Forma de avaliação: Não deve haver a intenção de competição entre os participantes, por isso o orientador deverá elaborar critérios onde ninguém se sinta superior ou inferior em relação aos demais. Deverá ainda cuidar para que as crianças sempre acertem, sendo os critérios de avaliação subjetivos. Ou seja, apenas o orientador saberá quem se destacou mais ou menos. Quem se destaca mais, será mais exigido, enquanto que os demais, nas tarefas seguintes, serão “discretamente ajudados”. Isso dará aos participantes do grupo uma ideia de nivelamento, e todos se sentirão iguais e confortáveis em meio às atividades e tarefas realizadas em grupo.
Para este tipo de Avaliação devemos levar em conta a quantidade e a regularidade dos acertos, o tempo de resposta de cada um, o nível de interação quando a Atividade for realizada em Grupo.
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Notas:[1]
Editoria de Educação do Site de Dicas.
[2]
O critério usado para definição das Pistas, além de ser feito pensando no perfil cognitivo da turma, grupo ou aluno, pode mudar a natureza ou objetivo da Atividade. Por exemplo, no caso de cartões com números, o Educador pode fornecer como Pistas: Somas, subtrações, multiplicações, datas, pesos aproximados de objetos, etc.
Para fornecer uma pista informando ao aluno que o número ausente é 12, poderia, por exemplo, dizer: "É o mês do ano em que se comemora o Natal...", e assim por diante.
O Curso: Criação de Atividades Recreativas com fins Educativos foi elaborado pelo nosso corpo docente para uso exclusivo do Site de Dicas.
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