16 Verdades Sobre o Autoconhecimento que todos Precisam Conhecer com Urgência
Autor: Jon Talber[1]
Conteúdo Conteúdo Atualizado: 29 de Novembro de 2023
Neste Artigo o autor faz uma reflexão sobre a necessidade do Autoconhecimento como única condição capaz de criar um padrão Consciencial Lúcido por meio do qual o homem finalmente supere seus gargalos e travões existenciais.
"Inteligência não é uma qualidade que adquirimos ao final da jornada, mas, ao invés disso, no princípio, quando decidimos caminhar em busca de respostas."
Imagem - By contrastwerkstatt on stock.adobe.com"O espelho que revela com mais fidelidade nossa imagem interior é a qualidade dos nossos interrelacionamentos..."
Examinando a questão do Autoconhecimento...
Se há uma coisa conhecida por todos, esta sem dúvida é o fato de que a fé é necessária quando o indivíduo precisa acreditar em uma fonte ou autoridade que lhe transmite um conceito, informação ou crença, cujo conteúdo, por meio da autoexperimentação lúcida, ele ainda não foi capaz de comprovar. Mas, torna-se desnecessária, quando este mesmo indivíduo, a partir da
autovivência ou autoexperimentação consciente, é capaz de constatar tudo aquilo que até então não passava de um
conceito, hipótese, filosofia, dogma, crendice, alusão, ideia ou delírio.
Eis, portanto, 16 Considerações sobre o Autoconhecimento, que todos precisam conhecer antes de dar o primeiro passo em busca de Respostas para suas dúvidas existenciais...
- Dedução sem investigação é como um livro sem páginas, que apesar da aparência, não tem nenhum conteúdo. No entanto, esta é a tradicional postura social adotada pela maioria. Julgamos pelas aparências, e nossas dúvidas são apenas superficiais. E ao invés de investigar a fundo em busca do esclarecimento capaz de nos conduzir a elucidação de uma questão, por ser mais cômodo, apenas deduzimos. Mas o pior ocorre quando, em tom de testemunho juramentado, nos apropriamos de relatos das experiências alheias como se fossem as nossas.
- A mesma regra de aplica em relação aos problemas que povoam nosso dia a dia. Olhamos para eles de cima, induzidos pela aparência que possuem, pela retórica do seu enunciado, a partir do aparente significado escondido por trás das palavras que, em vão, tentam mostrar em essência o que verdadeiramente são.
- No dia a dia, atuamos como multiplicadores de problemas, e este parece ser o único objetivo existencial que o meio social, incondicionalmente, prescreve aos seus inquilinos. Ocorre que já nascemos em um mundo repleto de questões mal resolvidas. E a exemplo do que já aconteceu com nossos pais e avós, também nós, inicialmente de modo involuntário, logo acabaremos por incorporar, colocar dentro de nossas casas, adotar como filhos pródigos ou estilos de vida, uma considerável quantidade destes "Visitantes Indesejados".
Mas, afinal de contas, o que deveríamos aprender para “aprendermos” a pensar por conta própria?
- Embora os problemas desde sempre façam parte de nossas vidas, nunca nos ensinam como resolvê-los, apenas como dar meia volta, quando cruzam nosso caminho. Por isso a técnica do remendo, além de exigir menos empenho de nossa parte, tornou-se algo tão importante em nossas vidas. Socialmente e economicamente o remendo rende mais dividendos que as soluções. Remendar é uma garantia de que os problemas nunca serão erradicados, uma prática que põe em movimento segmentos políticos, sectários, filantrópicos e especialmente a engrenagem econômica de todas as nações.
- Resolver um problema pessoal, ou social, bem que poderia ser coisa simples, caso nos ensinassem desde cedo a prática da dúvida, cujo princípio básico é: “Por que isso, para mim, constitui um problema?” Duvidar não é possível sem essa qualidade consciencial básica, que é Inteligência, algo que deveríamos aprender em casa, reforçar na escola, e aplicar ao longo do viver.
- E sem a dúvida não há investigação, nem o esclarecimento capaz de nos conduzir à elucidação, erradicação do problema, assim como nos libertar das dependências mórbidas. Mas, sobrarão as deduções, as especulações, conjecturas e fantasias próprias de nossa imaginação; os delírios, sonhos e alienações. Mas, o pior de tudo é nossa indiferença em relação aos nossos equívocos ou erros cometidos.
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O ato de aprender contempla, em primeiro lugar, ter a firme convicção de que não temos certeza de nada...
- O Discernimento, um status superior de lucidez e parte inseparável da inteligência, não é uma qualidade inata, e sim um dote que existe como potencial, adormecido, em estado de hibernação, no inconsciente de cada um. Por isso precisa ser despertado, tirado do seu torpor, convocado voluntariamente para uso. E sem Discernimento não há escolha sensata, nem lúcida, mas sobrarão os enganos, ansiedades, frustrações, e evidentemente, os equívocos e atos falhos.
- O Discernimento faculta o homem a controlar suas emoções e coloca suas decisões sob o jugo da lucidez e desperticidade, e não mais sob a jurisprudência de crenças, dogmas, normas cultas, ideologias, costumes patológicos, preceitos pseudo-sagrados, emoções e imaginação. Sua vida não mais será conduzida por terceiros, nem pelo medo, e sim pela sensatez e lógica consciencial, uma sabedoria nascida a partir da Autoexperimentação e Autolucidez, e tudo isso graças ao prévio conhecimento dos seus caracteres positivos e potencialidades.
- E embora não exista a possibilidade da transferência do Discernimento de um cérebro para outro, o indivíduo dotado de tal atributo, por meio do seu comportamento e exemplarismo, de maneira silenciosa, deixará transparecer a didática própria de sua conduta, cujo efeito será sempre contagiante para todos aqueles que estão ao seu redor.
- O Discernimento é um estado de autolucidez que surge a partir do esforço pessoal, quando o indivíduo estuda a si mesmo. Não aflora de fora para dentro, e sim de dentro a partir do que existe lá fora. Surge a partir da observação permanente da qualidade de nossa interrelação com o mundo, compreendendo, passo a passo, quais são nossas Inclinações e Idiossincrasias, nossos atos, assim como a qualidade do nosso olhar crítico sobre o mundo, inclusive sobre nossas fraquezas e virtudes.
Autoconhecimento se adquire na escola quando academia, ou na academia quando escola da vida?
- O autoconhecimento, apesar de ter um princípio, jamais terá fim. Isso ocorre porque o conhecimento, seja de si mesmo ou das coisas do mundo, é sempre acumulativo, incompleto. Tudo que aprendemos hoje servirá de base sólida para qualificar nossa compreensão do amanhã. Esta qualificação crescente nos permitirá potencializar de maneira sempre vertical nossa Cognição, Estado Sensorial e Consciencial.
- E todo Autoconhecimento começa a partir do florescimento da inteligência. A inteligência desponta quando percebemos que nosso mundo pessoal está em desordem. E como ainda não sabemos o que vem a ser a ordem, só é possível constatar o fato por meio da desordem. A partir da constatação da desordem externa, não apenas a nossa, mas de todos, torna-se possível descobrir o que vem a ser a Ordem Interna.
Considerações finais...
- A inteligência não nasce apenas a partir do intelecto. Tanto isso é verdade que muitos sábios, homens de inquestionável e superior erudição, em nome da ciência, são os responsáveis pela construção de todas as armas de destruição em massa e outros “avanços científicos” que têm degradado o planeta. É fato notório que os processos de mineração, a qualidade dos químicos e transgênicos que intoxicam o meio ambiente e a agricultura não seriam possíveis sem uma sofisticada engenharia, também criada por alguns grandes e superdotados intelectos, embora desprovidos de inteligência ou Discernimento.
- A inteligência nunca surge a partir de um ato involuntário, mas, ao invés disso, de uma intenção planejada, organizada, direcionada para um propósito claro, com ações e efeitos bem definidos. Ao mesmo tempo, onde há inteligência genuína, o que não é erudição, sempre existirá Discernimento ou Bom Senso. E assim, os resultados de seus atos jamais poderão se reverter em malefícios. Isso ocorre porque o campo de ação do Discernimento só contempla a transformação, regeneração, reparação, recomposição ou reciclagem, e nunca a destruição.
- Inteligência não se replica por meio de palavras, crenças ou axiomas sagrados, nem está disponível no varejo das ilusões. Do mesmo modo, ninguém nasce inteligente, mas apenas com o potencial para se tornar. E potencial é apenas probabilidade, não garantia. Logo, não ocorre de maneira espontânea, depende do esforço individual e voluntário, que surge naturalmente com o Princípio da Dúvida. Pela Dúvida nos tornamos mais diligentes e criativos, e eis o caminho natural e único para o Despertar da Inteligência.
- O homem dotado da inteligência autêntica, é sempre ético e incorruptível. Trata-se, portanto, de uma condição pouco compreensível para o homem comum, um obstinado adepto da indolência mental. Nossa pedagogia não ajuda, nem poderia, uma vez que construir indivíduos dotados de inteligência e bom senso não parece ser uma priopridade acadêmica. Afinal de contas, sendo nossa pedagogia um subproduto da deformação que esboçou, deu forma e consolida a mentalidade social, só poderia replicar seus aspectos Nosográficos. Por isso, este tipo de conquista, além de pessoal, será um evento atípico, mas um atributo de grande importância para o processo evolutivo de cada protagonista.
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Jon Talber - jontalber@gmail.com
É Pedagogo, Pesquisador, Antropólogo e autor especializado em Educação Integral e Holística.
O autor não possui Website, Blog ou página pessoal em nenhuma Rede Social.
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