Autor: Site de Dicas[1]
Revisado e Atualizado: 10 de Maio 2024
Como não temos a pretensão de Induzir ninguém a pensar de modo Direcionado ou incutir Opiniões de qualquer natureza, vamos nos limitar a relatar apenas fatos do nosso dia a dia que poderão ser facilmente constatados. Um fato sempre será uma evidência irrefutável, e assim deve ser, sem depender de opiniões de quem quer que seja.
Sem dúvida, como fonte de pesquisas, temos então ao nosso dispor O Maior Repositório de Informações de todos os Tempos, desde que o homem aprendeu a caminhar ereto sobre duas pernas.
Eis então o nosso primeiro e grande problema: aprender a lidar com a diversidade de opiniões sobre uma mesma coisa. A princípio não há nenhum problema, mas a partir do momento que precisamos de uma referência autêntica, por qual destas fontes devemos optar?
Esta verdade se aplica especialmente em relação aos eventos históricos, onde as contradições são quase uma regra e não uma exceção. E com o avanço das modernas técnicas de Pesquisas Históricas e mesmo Científicas, as fontes de onde podemos tirar informações sobre um mesmo tema agora são múltiplas, os mitos se desmistificam, conceitos são reformulados, o que, num primeiro momento pode causar mais confusão que esclarecimento. Enquanto estávamos limitados às escassas fontes dos livros de história não havia tal problema. Mas, e agora diante de tamanha diversidade?
Em se tratando de Eventos bem Documentados cuja referência sejam fontes conceituadas, o bom senso deverá ser nosso guia, e certamente iremos optar por estas. Mas, como saber se as fontes são bem conceituadas, idôneas, e se possuem a credibilidade necessária para que possamos usá-las como informações autênticas em nossos trabalhos ou demandas?
Mais uma vez, o bom senso crítico deverá prevalecer. Não podemos nos deixar levar pelas aparências, nem pelos defensores intransigentes de pontos de vista pessoais ou ideológicos. Uma fonte Histórica não opina sobre Fatos, e quando o faz deixa isso bem claro nas linhas e entrelinhas, sem esquecer, no entanto, de separar as opiniões pessoais dos eventos notadamente históricos e documentados que se presta a relatar.
Um evento histórico não deve ser algo abstrato, sujeito a inúmeras versões e interpretações. Deverá, antes de tudo, se mostrar sólido e amparado por fontes documentais autênticas, se possível com cópias ou referências consistentes da documentação original usada em suas exposições ou estudos. Referências complementares, fontes adicionais que confirmem, ou pelo menos tentem autenticar tais eventos, e tudo isso com base em evidências conhecidas, deverão obrigatoriamente fazer parte do material consultado.
Assim como temos uma indústria de bens de consumo cujo objetivo é condicionar novos e antigos consumidores a se tornarem cada vez mais cativos dos seus produtos, há também um segmento que se encarregará de tornar estes produtos obsoletos por decreto, vendendo para nós a ideia de que precisamos reciclar ou renovar nossos hábitos de consumo a cada estação, mesmo que não sejam necessidades.
É a indústria dos ideais sazonais. E assim acabaram por criar também o conceito do Status Social abstrato, a exemplo daquilo que já fizeram com as posses materiais. Portanto, agora vendem ideias, crenças, ideologias, projetos de vida, comportamentos bizarros, e tudo isso habilmente disfarçado de necessidades ou demandas alinhadas com os novos tempos.
Outro assunto que merece toda nossa atenção é a Estratégia da Criação de Problemas. Seu mecanismo de Funcionamento é sofisticado, e como sempre, atua de modo singular, discreto, mas eficiente.
Os criadores profissionais de problemas são especialistas em criar problemas inexistentes apenas para nos vender soluções desnecessárias. E sempre nos apresentarão estes problemas como necessidades vitais, imprescindíveis ao nosso viver. Por fim, irão nos convencer de que temos o poder da vontade; que fomos dotados do atributo do livre arbítrio, uma qualidade de discernimento e um nível de inteligência suficiente para nos capacitar a tomar a decisão certa, desde que isso represente uma opção pelo consumo ou identificação pessoal com a causa que defendem ou patrocinam.
Num mundo de consumo irrefletido, onde primeiro compramos e só depois discutimos a utilidade; onde o excesso de informações acaba por criar um indivíduo mais confuso que esclarecido, mais ansioso, insatisfeito por excelência e sempre na expectativa de que soluções mágicas vindas das prateleiras das lojas ou dos guetos ideológicos resolvam seus problemas, diante de tudo isso, não podemos ficar de braços cruzados.
A força do marketing pensa por nós, e como animais amestrados apenas seguimos seus passos, e o mais importante, somos convencidos de que temos vontade própria, liberdade e clareza para decidir nossos destinos, assim como demandar com lucidez nossos objetivos e proposta existencial.
Um educador ou pai que pretenda orientar de maneira sensata seu aluno ou filho deverá abrir mão das suas preferências ou gostos pessoais e deixá-los livres para escolher as suas próprias a partir do seu temperamento, conforme sejam suas predisposições e inclinações naturais. No entanto, isso pode não ser uma tarefa tão fácil. Por isso mesmo, esclarecer é preciso.
Identificadas as Predisposições Naturais dos nossos filhos ou alunos, resta o esclarecimento, e este é o nosso papel. Induzi-los a seguir um modelo que nos agrada apenas por capricho ou vaidade pessoal é um gesto antiético. Impedir o florescimento de uma vocação a troco de vaidades pessoais, para a criança, é um ato de agressão de graves conseqüências e inevitáveis traumas existenciais para o resto da vida.
Em síntese, não somos obrigados a consumir nada além daquilo que seja essencial ao nosso viver, e essa lista de necessidades, se refletirmos bem, é bem reduzida. Mas, num mundo onde o consumo se tornou a razão ou o objetivo de vida de uma expressiva maioria, novas e inúteis necessidades são criadas numa velocidade apenas menor do que nossa ânsia por chegar às lojas para adquirir, em primeira mão, o modelo mais novo ou a versão atualizada, do que quer que seja. E como regra, faremos isso por impulso, sem pensar, mesmo não se tratando de uma necessidade.
O Curso: Criação de Atividades Recreativas com fins Educativos foi elaborado pelo nosso corpo docente para uso exclusivo do Site de Dicas.
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