Autor: Site de Dicas[1]
Revisado e Atualizado: 10 de Maio 2024
Uma Atividade Didática só terá valor educativo se servir para despertar e desenvolver os traços do temperamento, predisposições positivas e habilidades inatas de cada indivíduo, de modo a lhe acrescentar qualificação e aprendizado útil para sua vida. Para a criança, o mundo que ela conhece será sempre o ponto de referência de onde partirá em busca de conhecimento e esclarecimento. Este universo se amplia à medida que passa a viver novas experiências.
As diversas formas de Atividades Recreativas e o modo como são aplicadas farão a diferença quanto ao rendimento dos alunos. É importante que o educador conheça o valor didático, objetivo ou a função cognitiva de cada Atividade que venha a aplicar entre seus alunos. Isso quer dizer que, além de aplicar uma Atividade em sala de aula ou em casa com um determinado fim, é também necessário que disponha dos meios necessários para comprovar sua eficácia cognitiva. Meios que o permitam aferir, medir, se aquela atividade está sendo eficiente; se está ou não cumprindo os Objetivos Cognitivos do modo como foram planejados.
Desse modo, ao criar a Atividade, o educador deve ter o cuidado de também elaborar os meios para aferir se obteve o resultado esperado. É claro que algumas Atividades exigirão mais tempo para efetivamente demonstrar seus efeitos, enquanto que em outras, estes poderão ser imediatamente comprovados. Em todos os casos, o educador deverá desenvolver o hábito de anotar os resultados obtidos. Com estes parâmetros será capaz de direcionar sua prática, e mesmo no futuro, ter condições de criar modelos individuais, ou para grupos maiores e heterogêneos.
1. Conhecer o valor Didático da Atividade ou sua função quando instrumento Cognitivo/Pedagógico.
2. Saber adaptá-la às necessidades e conveniências da turma de modo a manter todos interessados, sem, contudo, desprezar, distorcer ou descaracterizar sua Natureza ou Proposta Instrucional Original.
Durante a aplicação de uma Atividade ou Tarefa, deverá também o educador observar as reações mais relevantes que porventura ocorram entre os alunos e documentar tudo por meio de notas. Isso lhe dará as informações necessárias para saber dosar cada Atividade ao ritmo das diversas turmas, cujos componentes nunca são iguais, criando assim verdadeiros modelos cognitivos personalizados.
Um cuidado que se deve ter, sempre que possível, é evitar durante a prática de Atividades Lúdicas com fins Cognitivos, o sentimento de Competição ou disputa entre os integrantes de cada grupo. Tal cuidado é necessário para eliminar os conflitos, o separatismo, antagonismos, ansiedades, e entre os perdedores, a sensação de frustração e incapacidade. Todos estes aspectos são negativos e criam na criança ou jovem a sensação de insegurança, perda da Autoestima, falta de respeito para com seus amigos, uma vez que agora são apenas adversários ou inimigos. Em muitos casos, a criança ou jovem irá desenvolver forte aversão aos estudos e conflitos de personalidade impossíveis de serem reparados depois.
Compreender a criança como ela é, e não como achamos que deveria ser, este é um item inegociável. Enquadrá-la em ideais contrários às suas predisposições é certeza de conflitos de personalidade. Sem a liberdade para se autoexpressar como é, sentir-se-á frustrada, desmotivada, incapaz, oprimida e com a autoestima em baixa.
O educador deverá sempre levar em conta as faixas etárias mistas, uma ocorrência comum em certos grupos. Nestes casos, deverá observar se o modelo adotado funciona sem resistência com todos. Havendo resistência, deverá pensar em algum artifício para nivelar o grupo.
Como uma das funções das Atividades é ajudar a criança a desenvolver o hábito de pensar por conta própria, não devemos ficar restritos aos modelos cognitivos tradicionais, uma condição onde a criatividade nunca é trabalhada. O potencial criativo de uma criança só aflora por meio de tarefas que potencializem seus traços fortes, qualidades pessoais ou virtudes, e nunca com brincadeiras que se prestam apenas a preencher seu tempo ocioso.
A introdução de modelos novos e inéditos deverá ser uma prática regular. De maneira indireta, isso acaba por criar entre as crianças a ideia da diversidade e prepara o terreno para que se tornem mais flexíveis em suas escolhas e opiniões. Isso faculta uma melhor adaptabilidade destes jovens aos diferentes contextos que decerto encontrarão dentro do Complexo Processo do Viver.
Por exemplo, supondo uma turma de crianças com idades mistas, onde naquele momento se desenvolve uma tarefa em que todos os participantes precisam correr para pegar objetos, ou por outro motivo qualquer.
Crianças maiores, pela lógica, sempre serão mais velozes que as menores, e apesar de não haver disputa numa prática de tal natureza, isso pode suscitar entre elas o sentimento de inferioridade ou insuficiência, o que poderá causar-lhes desinteresse pela brincadeira. Assim, o educador atento, distribuirá entre as maiores – as crianças não precisam saber os motivos – papéis onde não possam competir com os pequenos. Isso gera equilíbrio no grupo, e por não se sentirem diferentes, todos aceitarão sem resistência a prática lúdica.
Outro ponto que julgamos importante em um exercício deverá ser a preocupação do educador em focar os objetivos das Atividades, de modo a torná-las instrumentos para a prática do respeito, convivência, pacificação, sensatez e Ética. Neste caso, a Atividade se torna então um eficiente meio de aperfeiçoar ou potencializar tais posturas comportamentais ou Vocações Pessoais.
O Senso de Ética e Respeito entre os participantes, isso elas poderão levar para o mundo real. Isso implica em afirmar que, cada Atividade Recreativa com fins cognitivos, deverá contemplar estes dois Princípios, afinal de contas, são valores que servirão de aporte para as crianças vida afora.
O Curso: Criação de Atividades Recreativas com fins Educativos foi elaborado pelo nosso corpo docente para uso exclusivo do Site de Dicas.
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